quinta-feira, 31 de maio de 2012

UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES

título original: An American Werewolf in London
título brasileiro: Um Lobisomem Americano Em Londres
ano de lançamento: 1981
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: David Naughton, Griffin Dunne, Jenny Agutter
direção e roteiro: John Landis

Desde que o 1º filme de lobisomem foi lançado até o início dos anos 80, esses monstros eram sempre retratados como homens com a cabeça e as mãos mais peludos do que o normal, além de orelhas pontudas e dentes e unhas afiados. Ou então maquiavam um pastor alemão e usavam ele pra interpretar o lobisomem, como fizeram em A Fera Deve Morrer (1974).
Talvez a maior inovação que Um Lobisomem Americano Em Londres tenha trazido tenha sido a estrutura física do lobisomem, retratado dessa vez um monstro quadrúpede mais assustador do que os lobisomens de todos os filmes anteriores (embora ele só apareça ‘inteiro’ nas últimas cenas do filme).
Mas, além disso, temos que destacar que estamos falando aqui do maior clássico de filmes de lobisomens do final do século XX, colocado num pedestal até hoje por 99% dos fãs de filmes de lobisomem.
E há bons motivos pra isso: o lado psicológico dos personagens é bem trabalhado, os efeitos especiais foram o máximo do máximo pra época (e até rederam um oscar ao filme!), é um filme que nunca fica paradão (embora os personagens nem cheguem a passar por tantas aventuras assim, a não ser na 1ª parte do filme), o suspense é garantido do início ao fim e as cenas de ataques do lobisomem, apesar de serem de violência extrema, não ficam expondo imagens de ‘açougue’ por vários minutos seguidos só pra chocar o público.
Destaque também pra própria abertura do filme: os créditos iniciais têm ao fundo a beleza tristonha das charnecas inglesas, enquanto ouvimos uma versão melancólica de Blue Moon.
Os personagens principais são carismáticos e ganham o público logo de cara. E Um Lobisomem Americano Em Londres não tem um vilão propriamente dito, já que o personagem David, que se transforma no lobisomem, mata todo mundo sem saber o que tá fazendo, pois ele fica inconsciente enquanto tá transformado.
Também não faltam pequenos toques de comédia ao longo do filme todo.
A única crítica negativa que eu tenho a fazer sobre Um Lobisomem Americano Em Londres é em relação à cena final, que eu achei muito mal aproveitada: corta direto da situação que tá sendo mostrada pros créditos finais.
Tirando isso, eu posso dizer que é um filme de terror perfeito.
Bom, aproveito a oportunidade pra lembrar que os filmes Um Lobisomem Americano Em Paris (1997) e Um Lobisomem Mexicano No Texas (2005), apesar dos títulos parecidos, NÃO SÃO continuações de Um Lobisomem Americano Em Londres, ao contrário do que algumas pessoas podem imaginar (só usaram títulos marketeiros pra chamar a atenção do público). Aliás, como os próprios nomes já deixam claro, eles se passam em outras partes do Mundo.
E agora, clique aqui pra ver mais informações sobre Um Lobisomem Americano Em Londres:


Até a próxima!

domingo, 27 de maio de 2012

ROSSO SANGUE

título original: Rosso Sangue
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1981
país: Itália
elenco principal: Edmund Purdom, George Eastman, Katya Berger
direção: Joe D’Amato
roteiro: George Eastman

O maior equívoco que se costuma cometer quando se fala de Rosso Sangue é dizer que esse filme é uma continuação de Antropophagus, lançado 1 ano antes.
Mas o equívoco é bastante compreensível por 2 motivos.
1º, esse filme foi exibido em alguns cinemas, na época em que foi lançado mesmo, com o título marketeiro de Antropophagus 2, querendo pegar carona na fama que Antropophagus tinha então. Assim, quem ouviu falar do filme, mas não chegou a ver, obviamente pensou que se tratava de uma continuação do outro.
E 2º, os vilões dos 2 filmes foram interpretados pelo mesmo ator, o George Eastman (que foi também o roteirista dos 2 filmes). Então, quem já tinha chegado a ver Antropophagus e depois só viu o trailer de Rosso Sangue ou então só viu algumas fotos do filme, ao ver o George Eastman lá como o vilão, também acabou pensando que era uma continuação do outro.
Além disso, o diretor dos 2 filmes também era o mesmo: o Joe D’Amato.
Mas as coincidências param por aí: os 2 filmes têm histórias diferentes que se passam em países diferentes, além dos personagens nem serem os mesmos.
Rosso Sangue é uma mistura de slasher com filme de mutante. E não satisfaz muito como uma coisa nem como outra.
As cenas de morte até que seriam assustadoras, se tivessem sido feitas com efeitos especiais melhores. Mas os efeitos aqui foram muito ‘feitos no quintal’. E nesse caso as cenas não ficam boas se forem mostradas com muitos detalhes, né?
Quanto ao lado mutante da história, tudo bem que aí tudo pode acontecer. Mas o roteiro não ajuda muito: o vilão era um assassino grego que foi preso por um padre que também era cientista (?!) e, depois de ter sido irradiado por energia nuclear, virou um mutante semi-imortal com um cérebro gigante.
E Rosso Sangue foi todo gravado na Itália, mas a história se passa nos Estados Unidos. Então, depois de fugir do laboratório do ‘padre-cientista’, que fica na Grécia, o mutante foi parar nos Estados Unidos?!
Bom, várias outras contradições além dessa são mostradas do início ao fim do filme. Então, não espere encontrar aqui uma história com muita coerência.
E como ponto positivo, temos que admitir que Rosso Sangue tem bons momentos de suspense.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


E clique aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Antropophagus.
Até a próxima!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

NOITE INFERNAL

título original: Hell Night
título brasileiro: Noite Infernal
ano de lançamento: 1981
país: Estados Unidos
elenco principal: Linda Blair, Peter Barton, Vincent Van Patten
direção: Tom DeSimone
roteiro: Randy Feldman

Nos anos 50, um milionário e sua esposa tentaram gerar uma criança saudável, depois de já terem botado no Mundo 1 filho e 2 filhas com sérios problemas físicos e mentais. Mas essa 4ª gestação resultou num menino tão aberrante que é até difícil descrever como ele era.
E assim, a família passou a viver reclusa em sua mansão até 1969, quando o velho, pressionado por toda aquela situação, teve um surto psicótico, massacrou toda a família e depois se suicidou enforcado. Mas, quando a polícia finalmente entrou na casa pra ver o que tava se passando, só encontrou 3 cadáveres além do pai enforcado...
Esse fato, somado ao fato de que a mansão nunca mais foi habitada depois da tragédia de 1969, criou uma lenda local, segundo a qual alguém (ou alguma coisa) sobreviveu ao massacre e ainda vive andando pelos corredores escuros e desertos da mansão abandonada...

Essa lenda, lançada pelo filme Noite Infernal, é apenas narrada por alguns personagens, mas nunca mostrada nem sequer em cenas de flashback. Assim, não sabemos se é uma história real (dentro do universo do filme) ou se alguma coisa foi ‘aumentada’ ali pra assustar outros personagens. Afinal, a intenção era essa mesmo...
Nos Estados Unidos tem aqueles grupinhos escrotos de adolescentes que só aceitam novos membros depois que esses novatos passam por alguma prova ridícula, né? E o tema desse filme é exatamente esse: em 1981, 2 rapazes e 2 moças querem entrar pra um desses grupinhos e recebem como condição pra isso a prova de passarem uma madrugada inteira na tal mansão onde ocorreu o massacre de 1969, exatamente na noite em que tão se completando 12 anos da tragédia.
Eles só podem sair de lá depois que já tiver amanhecido. Se não, não vão ser aceitos no grupo.
Aceitas as condições, eles são deixados na mansão. Mas não percebem que 3 veteranos do grupo ficaram escondidos lá pra dar sustos neles ao longo da madrugada toda.
Só que o que nem os calouros nem os veteranos sabem é que alguém realmente sobreviveu ao tal massacre e teve todo esse tempo escondido na casa. E não tá nem um pouco satisfeito com aqueles intrusos lá.
Mais surpreendente do que isso é que esse alguém também não teve sozinho na casa durante todo esse tempo... É só fazer as contas do que a lenda descreve: a família era composta por 6 pessoas e só 4 cadáveres foram encontrados. Assim, não é de 1 único perigo que os heróis vão ter que se defender...
O filme se passa todo numa única noite. Mas nem por isso o diretor comete aquele erro comum de botar cenas tão escuras que você nem enxerga o que tá havendo. Ele só esconde mesmo o que quer esconder em cada cena.
O único vestígio de luz solar que aparece é na última cena (que por sinal, mostra o fim mais clichê possível pra um slasher).
Noite Infernal conta com ótimos momentos de aventura. Principalmente quando um dos heróis consegue fugir da mansão pra pedir ajuda e quando os outros tão correndo dentro da casa pra fugir dos vilões.
Pra um slasher, esse aqui é classe A. Um dos melhores que eu já vi!
Clique aqui pra ver mais informações sobre Noite Infernal:


Até a próxima!

domingo, 20 de maio de 2012

A VINGANÇA DE CROPSY / CHAMAS DA MORTE

título original: The Burning
títulos brasileiros: A Vingança de Cropsy / Chamas da Morte
ano de lançamento: 1981
países: Canadá / Estados Unidos
elenco principal: Brian Backer, Brian Matthews, Jason Alexander
direção: Tony Maylam
roteiro: Brad Grey, Harvey Weistein e Tony Maylam

No início dos anos 80, filmar um slasher que se passava numa colônia de férias tava longe de ser uma ideia original, né? A gente perde as contas de quantos filmes desse tipo foram lançados naquela época.
Vendo só por esse lado, não enxergamos nenhuma novidade em The Burning, lançado no Brasil com 2 nomes diferentes: quando passa na televisão, o filme é chamado de A Vingança de Cropsy; quando foi lançado em VHS, ele recebeu o título de Chamas da Morte. 
Bom, como eu ia dizendo, não vemos nenhuma novidade nesse filme numa 1ª análise. Mas, comparando ele com outros slashers, vemos que não é bem assim: vários clichês comuns em outros filmes desse tipo não entraram aqui.
A Vingança de Cropsy já começa mostrando que é um filme de terror, com o vilão (sim: é esse que se chama Cropsy!rs) matando violentamente a 1ª vítima dele num ataque de fúria logo nos primeiros minutos do filme. Mas, depois disso, nenhuma outra cena aterrorizante à vista pelo menos pela meia hora seguinte. Nessa parte, apesar de não perder o ar de suspense, o filme fica igual a qualquer filmezinho de adolescentes norte-americanos: vemos lá o nerd que não tem amigos e acaba fazendo besteira pra parecer legal, os garotos legais que acolhem o nerd e oferecem amizade sincera a ele, o garoto brigão que apurrinha o nerd pra se exibir pras garotas que tão vendo, a garota virgem que tá doida pra dar e sempre desiste no último minuto...
Pode se dizer que o terror só volta na 2ª metade do filme... E volta com tudo! Na cena mais famosa do filme, o Cropsy chega a massacrar 5 personagens ao mesmo tempo, sendo que é raro num slasher que morra mais de 1 personagem em cada cena, né?
Mas, apesar de ele matar MUITA gente em cenas de provocar pesadelos, pelo menos metade dos personagens do grupo dos heróis vão escapar sãos e salvos. Então, se engana quem pensa que só a mocinha mais boazinha do grupo é que vai se salvar. E menos ainda é ela que vai matar o vilão no final. Esse é outro clichê que não usaram aqui.
Também não vemos na Vingança de Cropsy nenhuma parte paradona e sem ação: tem aventura durante o filme todo.
Outra coisa curiosa nesse filme é que ele tem uma cena que é praticamente igual a uma cena que se passa no 2º filme da série Sexta-Feira 13... Aí alguém já pergunta logo:

A Vingança de Cropsy plagiou Sexta-Feira 13-2ª parte?

Ou:

Sexta-Feira 13-2ª parte plagiou A Vingança de Cropsy?

Pois é. Não sabemos e nunca vamos saber, simplesmente porque esses 2 filmes foram gravados ao mesmo tempo. Então, se é que houve um plágio, não dá pra saber quem plagiou quem.
Clique aqui pra ver mais informações sobre A Vingança de Cropsy:


E pra ver mais informações sobre a série Sexta-Feira 13, dê uma olhada no post abaixo desse aqui.

Até a próxima!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

SEXTA-FEIRA 13

título original: Friday the 13th
título brasileiro: Sexta-Feira 13
ano de lançamento: 1980
país: Estados Unidos
elenco principal: Ari Lehman, Betsy Palmer, Kevin Bacon
direção: Sean S. Cunningham
roteiro: Ron Kurz e Victor Miller

Qualquer cinéfilo ou mesmo um historiador que já pesquisou sobre a História do Cinema sabe que, em tempos recentes, a Idade de Ouro dos filmes de terror foi o início dos anos 80. E houve um subgênero específico do terror que chegou ao seu apogeu naquele período: os slasher movies.
Por extensão, quando se bate um papo sobre slashers, a conversa sempre acaba chegando em Sexta-Feira 13, que foi o filme que apresentou ao Mundo o maior vilão de slashers que já existiu: o enigmático Jason Voorhees.
Embora o vilão de Sexta-Feira 13 não seja o Jason (na verdade ele nem aparece pessoalmente nesse 1º filme), a história dele começa a ser contada a partir dali... E de certo ponto de vista, podemos dizer que termina de ser contada no 2º filme, lançado no ano seguinte. Aliás, eu costumo dizer que esses foram os únicos filmes da série que tiveram a intenção de contar uma história.
Explicando melhor, do 3º filme (1982) em diante, os personagens quase sempre entram na história só pra morrer ou pra conseguirem fugir depois de passar por duras penas. Mas mesmo os que conseguem fugir do Jason raramente voltam a aparecer em filmes seguintes e dificilmente voltam a ser sequer mencionados.
Então, embora o ponto de partida da série seja o filme de 1980, o que acontece em cada um dos filmes seguintes geralmente fica só naquele filme e depois é deixado pra lá. Assim, não temos propriamente uma história muito significativa por trás da série. O 1º filme dá o pontapé inicial na história e o 2º dá algumas informações simples sobre o Jason e explica qual é a conexão dele com o 1º. E os filmes seguintes não têm muita ligação uns com os outros nem se preocupam em contar uma história consistente sobre o Jason ou mesmo em tirar as dúvidas que ficam no ar sobre o personagem.
No 4º, 5º e 6º filmes (lançados respectivamente em 1984, 1985 e 1986), até tentaram criar uma história mais consistente, dando ao Jason uma espécie de arqui-inimigo chamado Tommy Jarvis, que foi interpretado a princípio pelo ator Corey Feldman (podem clicar aí do lado em ‘atores de filmes de terror’ que vocês vão encontrar um post sobre ele).
Bom, o Tommy realmente é o inimigo contra o qual o Jason lutou por mais tempo. E também foi ele que conseguiu matar o vilão pela 1ª vez, no 4º filme, mas também acabou ressuscitando ele acidentalmente alguns anos depois, no 6º filme (aliás, esse último tem um certo clima de comédia). Mas, tirando isso, o Tommy também não chega a mudar os rumos da história do Jason pra sempre. E depois de conseguir derrotar o Jason momentaneamente no final do 6º filme, esse herói simplesmente some da história e, como ocorre com a maioria dos personagens, nem sequer volta a ser mencionado nos filmes seguintes.
Bom, até o 5º filme, a única coisa sobrenatural que tinha sido mostrada sobre o Jason é a imortalidade dele. Mas no 6º e no 7º filmes (esse último, lançado em 1987), os diretores apelaram mais pro sobrenatural mesmo (aliás, a última derrota que o Jason sofre do Tommy é através de um ritual de magia).
O 8º filme (1988) mostra o Jason sendo, meio acidentalmente, levado pra Nova York num navio. E lá, depois de perseguir os heróis da vez, ele acaba sendo derrotado definitivamente nos esgotos novaiorquinos, ao ser coberto por uma enxurrada de lixo químico... Inclusive, o cadáver dele, antes de afundar nos esgotos de Nova York, reassume a aparência que ele tinha quando era criança, representando a destruição definitiva de tudo que ele se tornou a partir dali.
Alguns de vocês devem estar pensando:

“Como assim o Jason foi ‘derrotado definitivamente’ no 8º filme? Ele aparece em outros filmes depois disso!”

É claro. Mas aí entra uma questão desconhecida por muitos fãs da série: a Paramount Pictures é que tem os direitos autorais sobre o filme de 1980 e sobre as 7 continuações que ele teve, e não produziu nenhum outro filme sobre a história além desses 8; mas depois disso a New Line Cinema adquiriu os direitos autorais sobre o personagem Jason Voorhees (não sobre a série Sexta-Feira 13), lançando mais 3 filmes nos quais ele aparece e que completam a história dele.
Então, tecnicamente, a série terminou no 8º filme (o fim definitivo previsto pro Jason na série era ali no esgoto), mas o personagem ainda continuou a existir por mais 3 filmes, lançados em 1993, 2001 e 2003.
Nesses 3 filmes, a New Line até que fez algumas referências superficiais ao filme 1980. Mas sejamos francos: trataram a história como lixo.
Tudo bem que a Paramount já não tinha se lixado muito pra consistência da história, mas as coisas pioraram MUITO nas mãos da New Line, que encheu esses 3 últimos filmes de contradições brabas. Não explicam nem como o Jason voltou de Nova York! E depois ainda botaram extraterrestres e andróides na história!
Bom, um pseudo-remake do filme de 1980 foi lançado em 2009. Mas na verdade é outra versão da história, com umas 2 ou 3 cenas vagamente inspiradas em cenas dos 2 primeiros filmes.
Clique aqui pra ver mais informações sobre a série Sexta-Feira 13 e sobre os 3 filmes do Jason que sucederam ela:


Até a próxima!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ANTROPOPHAGUS & ANTHROPOPHAGOUS 2000

título original: Antropophagus
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1980
países: Grécia / Itália
elenco principal: George Eastman, Saverio Vallone, Tisa Farrow
direção: Joe D’Amato
roteiro: George Eastman e Joe D’Amato












título original: Anthropophagous 2000
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1999
países: Alemanha / Áustria
elenco principal: Andreas Schnaas, Karl-Heinz Geisendorf, Oliver Sauer
direção: Andreas Schnaas
roteiro: George Eastman, Joe D’Amato e Karl-Heinz Geisendorf 

“Eu não vi esse filme, mas o fulano disse que é horrível!”

“Eu não vi esse filme, mas contaram pra fulana que é apavorante!”

“Eu não vi esse filme, mas o beltrano foi ver e saiu do cinema no meio do filme, de tão horrorizado que ele ficou!”

Com certeza, você já ouviu frases desse tipo descrevendo filmes que você ainda não viu, né? Pois é. A famosa propaganda boca a boca do tipo “O fulano me contou que ele ouviu não sei quem dizer que falaram” acaba denegrindo a imagem de muitas produções (não só filmes, mas também seriados, novelas e tal). E Antropophagus é uma das produções do início dos anos 80 que foram mais vitimadas por esse problema.
As fofocas que envolveram essa co-produção greco-italiana na época em que ela foi lançada transmitiram todo tipo de informação falsa sobre o que é mostrado nela. Mencionavam desde cenas fictícias de violência extrema e ininterrupta em todas as cenas do filme até cenas que mostravam atores sendo mortos de verdade durante as gravações!
Bom, sobre as cenas de violência, antes de tudo, vamos lembrar que Antropophagus é um slasher. Todo slasher tem cenas de violência, né? Mas esse aqui, comparado a outros slashers, até que tem poucas: na 1ª cena tem 2 assassinatos (dos quais só 1 é mostrado de forma explícita), depois os heróis encontram 2 cadáveres de pessoas que foram mortas (em off) e só na 2ª metade do filme é que as coisas mudam, só ficando mais brabo mesmo nas últimas cenas.
Quanto às fofocas de que atores foram mortos de verdade, é óbvio que não teve nada disso. Mas provavelmente elas foram criadas a partir de uma das cenas do final, em que o vilão, depois de matar uma mulher grávida, enfia o braço entre as pernas dela, arranca o feto lá de dentro e estraçalha ele a dentadas.
De fato, a cena foi gravada de forma bem realista, com um coelho congelado coberto com (eu acho) clara de ovo representando o feto. Mas nem seria fisicamente possível fazer isso de verdade, né? Você pode até achar a cena de mau gosto, mas daí a achar que alguém sequer conseguiria fazer isso na prática...
E a cena final também foi acusada de ser um assassinato real: mostra o vilão levando um golpe de picareta no meio da barriga e as vísceras dele escorrendo pra fora pelo buraco que se abriu ali... Mas aí foi literalmente frescura de quem pensou que era verdade, pois essa cena nem é tão realista assim (dá pra ver claramente que as vísceras são feitas de plástico).
Aliás, tirando essas 2 cenas, Antropophagus quase pode passar na Sessão da Tarde.rs
Bom, o filme tem bons momentos de suspense, mas pouca ação. E também deixa várias situações sem explicação. Mas é de longe bem melhor do que o infeliz remake que ele teve 19 anos depois...
Em 1999, o alemão Andreas Schnaas resolveu refilmar Antropophagus, dando ao remake o nome de Anthropophagous 2000. 
Reaproveitando o roteiro deixado pelo George Eastman e pelo Joe D’Amato, ele ambientou a história se passando numa aldeia do interior da Itália (embora tenha filmado as cenas na Áustria) que nem tem praia... Mas como, se tudo só acontece por causa de um evento trágico que ocorreu no Mar?
Nas cenas de assassinato foram usados uns bonecos de plástico e borracha que só assustam pelo quanto são mal feitos.
Mais uma: tudo isso foi filmado em fitas de VHS, usando-se, aparentemente, uma câmera doméstica. Neca de equipamento profissional.
Conclusão: se você gosta de produções de terror feitas no quintal, amadoras em fase extrema, talvez você goste desse remake; se não gosta, esqueça que ele existe e fique só com o original de 1980.
Clique aqui pra ver mais informações sobre os 2 filmes:

http://centrogb.blogspot.com.br/2009/10/o-antropofago-que-so-comeu-si-mesmo.html

Até a próxima!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A FAMÍLIA DÓ RÉ MI

título original: Partridge Family 2200 A.D.
título brasileiro: A Família Dó Ré Mi
ano de lançamento: 1974
país: Estados Unidos
produção: Hanna-Barbera

O que fazer quando o roteiro da continuação de um seriado antigo já está pronto, mas os produtores não querem lançar essa continuação do seriado?
Bom, há 2 opções básicas: a 1ª é botar o roteiro na gaveta e se esquecer da existência dele; a 2ª é aproveitar esse roteiro pra fazer uma história nova, incluindo nele personagens novos.
E a Hanna-Barbera seguiu exatamente essa 2ª opção quando lançou A Família Dó Ré Mi, em 1974.
O roteiro original desse seriado era pra ser uma continuação dos Jetsons, lançado 12 anos antes. Mas como os responsáveis pelo lançamento do desenho não quiseram mexer na versão original dos Jetsons, ele teve que ser reformulado pra ser lançado. E os personagens da Família Dó Ré Mi (na época, na crista da onda da moda) foram incluídos na história como os heróis principais.
Esses personagens (inspirados num seriado com atores de carne e osso de 1970) já tinham feito algumas participações especiais em Goober e Os Caçadores de Fantasmas. E já tava previsto que eles ganhariam um seriado próprio pra eles. Então, só precisaram ser feitas algumas adaptações pra eles se fundirem com o roteiro do outro seriado que não saiu.
Apesar da Família Dó Ré Mi não ter durado muito tempo, deu conta do recado (levando-se em conta que esse seriado foi feito literalmente com pedaços de outros seriados). E segue o mesmo estilo dos Jetsons.
Clique aqui pra ver mais informações sobre A Família Dó Ré Mi:

E pode clicar aí do lado em ‘seriados’ pra ver posts sobre Os Jetsons e sobre Goober e Os Caçadores de Fantasmas.

Até a próxima!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

COREY HAIM

Como eu já tinha anunciado nos comentários do post anterior, ao responder o comentário do nosso amigo Gilberto Carlos, o post de hoje vai ser sobre o ator Corey Haim.
Falecido ainda jovem em 2010, devido a uma overdose, o ator canadense trabalhou por muitos anos com seu amigo e xará Corey Feldman, a quem foi dedicado o post abaixo desse.
Bom, o trabalho mais famoso do Corey (Haim) na área do terror provavelmente foi Bala de Prata (ou A Hora do Lobisomem, como também é conhecido no Brasil), de 1985, considerado um dos filmes clássicos de lobisomem dos anos 80.
Mas também não vamos esquecer dos demais filmes dele nessa área: Os Garotos Perdidos (1987), O Limite do Terror (1988), Fever Lake (1996), The Backlot Murders (2002), Lost Boys: The Tribe (2008), New Terminal Hotel (2010) e, lançado depois da morte do ator, The Dead Sea (2011).
Clique aqui pra ver mais informações sobre o Corey:


Até a próxima!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

COREY FELDMAN

Não é preciso se informar muito sobre os filmes do Jason Voorhees pra saber que a maioria deles não tem histórias com muita consistência... Na verdade, só no 1º e no 2º filmes em que esse personagem aparece (1980 e 1981) é que vemos histórias com alguma consistência. Do 3º filme (1982) em diante, as situações e personagens que aparecem em cada filme raramente voltam a ser sequer mencionados nos filmes seguintes (embora cada filme pretenda continuar a história do seu precedente).
Mas há algumas exceções. E a mais aparente provavelmente é o personagem Tommy Jarvis, interpretado pelo ator Corey Feldman no 4º e 5º filmes da série (1984 e 1985).
No 4º filme, o Tommy é um garoto de 12 anos, fã de filmes de terror. E no final do filme, é ele que consegue fazer algo inédito até então: matar o Jason, arrebentando-lhe o olho esquerdo com um golpe de facão (na cena, não vemos com clareza a arma que ele usa, mas parece ser um facão).
Aliás, essa é uma das partes da história que ficam mais sem explicação: embora o Jason seja imortal, nunca é explicado por quê a imortalidade dele falhou quando ele foi golpeado pelo Tommy.
A história do 5º filme se passa 8 anos depois disso. E o Tommy, agora com 20 anos, é interpretado pelo ator John Shepherd durante a maior parte do filme. Mas ele tem um pesadelo no qual se vê ainda criança sendo atacado pelo Jason (o filme abre com essa cena). E aí, como eu já disse, o Corey volta, pra interpretar o personagem como criança.
Outros trabalhos que o ator teve na área do terror, alguns dos quais são comédias de terror, são Gremlins (1984), Os Garotos Perdidos (1987), Meus Vizinhos São Um Terror (1989), Stepmonster (1993), 1 capítulo do seriado Contos da Cripta (1994), Voodoo (1995), O Bordel de Sangue (1996), Legion (1998), Citizen Toxie: The Toxic Avenger IV (2000), Seance (2001), Serial Killing 4 Dummys (2004), Puppet Master vs Demonic Toys (2004), The Birthday (2004), Lost Boys: The Tribe (2008) e Lost Boys: The Thirst (2010).
Tem mais 3 filmes do Corey gravados entre 2011 e 2012, mas que ainda não foram lançados. E aliás, os 3 são de terror.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o ator:


Até a próxima!