Mostrando postagens com marcador produções inglesas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador produções inglesas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 12 de março de 2018

DRÁCULA

títulos original e brasileiro: Drácula
ano de lançamento: 1931
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: Bela Lugosi, Dwight Frye, Helen Chandler
direção: Tod Browning
roteiro: Hamilton Deane (autor do texto original), Dudley Murphy, Garrett Fort, John L. Balderston, Louis Bromfield, Louis Stevens, Max Cohen e Tod Browning

Em 1897, o irlandês Bram Stoker lançou o livro Drácula. E com a morte dele, em 1912, a viúva Florence Balcombe ficou com os direitos autorais do livro, proibindo que fossem feitas manifestações artísticas inspiradas no texto.
Nosferatu (1922) foi um filme não autorizado inspirado em Drácula. Mas quase foi pra fogueira devido à ação dos advogados da Florence. Só chegou até os dias de hoje porque algumas cópias escaparam na época.
Só em 1924 a viúva mal humorada permitiu que um teatrólogo chamado Hamilton Deane lançasse uma peça de teatro inspirada no livro, também chamada Drácula e trazendo o ator Bela Lugosi como o personagem-título.
Depois disso, a Florence finalmente cedeu os direitos autorais à Universal Pictures pra fazer um filme sobre o livro. Mas o estúdio se interessou mais em comprar os direitos autorais da peça, e não do livro...
Vamos lembrar que era a época da Grande Depressão Americana. E o estúdio não tinha dinheiro na época pra fazer um filme mostrando tudo o que o livro mencionava, enquanto a peça tinha uma história mais simplificada e menos dispendiosa.
E assim foi lançado o filme Drácula.
É por isso que algumas pessoas mencionam que o filme destoa do livro: o Jonathan é substituído pelo Renfield em metade das aventuras que ele vive no livro, o mesmo Jonathan tem o nome mudado pra John, a Mina aparece como filha do Dr. Seward enquanto no livro eles são personagens sem nem um mínimo de parentesco...
Mas é porque na peça era assim. E o filme, como já vimos, foi inspirado na peça, e não no livro.
Quanto ao roteiro:

Um corretor de imóveis inglês chamado Renfield vai ao castelo de um misterioso conde do Leste Europeu chamado Drácula.
Os habitantes locais olham pra ele com espanto ao saberem disso. E advertem que o conde é um vampiro polígamo que mora no castelo na companhia de suas 3 esposas também vampiras.
O Renfield não dá importância a essa aparente superstição de caipiras e segue até o castelo, onde vai levar pro conde a documentação de uma casa que ele quer comprar na Inglaterra.
No castelo em ruínas e cheio de morcegos, gambás e tatus, ele é drogado e aparentemente mordido pelo conde, passando a servir a ele e indo com ele pra Inglaterra, onde o Drácula vai começar a fazer novas vítimas com seus poderes de vampiro.

É evidente que Drácula tem seu valor, por ser considerado a mais antiga produção cinematográfica OFICIAL do livro do Bram Stoker que chegou até os dias de hoje. Mas também tem suas limitações, é claro.
O filme não conta com grandes efeitos especiais, pois não havia dinheiro nem exatamente condições técnicas pra isso.
Também não vemos o Drácula expondo seus famosos dentes compridos em nenhuma cena. Ele foi retratado com a aparência mais humana possível (apesar de sinistra).
E na cena final, se vocês pretendem ver uma grande luta entre o vampiro e os heróis do filme ou o vampiro manifestando poderes sobrenaturais em fase extrema, desistam.
Existe uma versão falada em Espanhol gravada ao mesmo tempo que essa.
Aproveitando os mesmos cenários, o elenco que falava Inglês gravava as cenas de manhã e no início da tarde, enquanto o elenco que falava Espanhol gravava as cenas no final da tarde e de noite.
A versão em Inglês teve 4 continuações, lançadas em 1936, 1943, 1944 e 1945.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Drácula:


E clique aí do lado em ‘produções tchecoslovacas’ que você acha um post sobre Nosferatu.
Até a próxima!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

MORTE SÚBITA

título original: Rogue
título brasileiro: Morte Súbita
ano de lançamento: 2007
países: Austrália / Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: Michael Vartan, Radha Mitchell, Sam Worthington
direção e roteiro: Greg McLean

Um colunista de uma revista americana de turismo chamado Pete vai até uma pequena cidade do interior da Austrália pra analisar as condições turísticas do país. E ao ficar sabendo que a única atração turística das redondezas é um passeio de barco por um rio local, ele vai lá dar uma olhada.
Logo depois, ele zarpa com a guia de turismo Kate e mais umas 10 pessoas no barco.
De repente, eles veem um sinalizador disparado por um barco no Céu e vão até lá pra ver o que houve. Mas só encontram os destroços de um barco boiando na água, sem sinal de ninguém por perto.
Logo depois, um crocodilo de 7 metros ataca o barco, que começa a afundar. Mas a Kate ainda consegue pilotar ele até uma ilhota no meio do rio.
O Mar fica ali perto, o que significa que o nível do rio vai subir junto com a maré daqui a algumas horas. Ou seja, a ilhota onde eles tão abrigados vai ficar quase submersa. E o crocodilo, que continua nadando ali em volta, vai ter livre acesso a eles.
Conseguirão eles fugir da ilhota em apenas poucas horas?

É impossível não comparar Morte Súbita com Medo Profundo (2007), já que são 2 filmes de terror com o mesmo tema, gravados no mesmo país e lançados no mesmo ano.
Entretanto, Morte Súbita visivelmente teve um pouco mais de investimento financeiro, recebeu um roteiro que se desenvolveu mais e se voltou um pouco mais pra aventura.
O filme mostra uma história inteira, mas é explicitamente dividido em 3 atos: no 1º, tem a apresentação dos personagens principais; no 2º, tem os personagens cercados pelo crocodilo na ilhota com um clima 100% de terror psicológico; e no 3º, tem a luta direta entre os heróis principais e crocodilo.
A maioria das mortes nem são mostradas. Acontece lá uma situação em que a pessoa some, ficando claro, pela lógica, que o crocodilo comeu.
Aliás, o único personagem perigoso de fato aí é o próprio crocodilo. No início, até criam uma certa expectativa de que 2 caipiras pouco amistosos vão ser os vilões da história. Mas, na verdade, eles não passam de 2 bobos [se eles fossem um pouquinho mais cômicos, iam ficar iguais ao Arnie e ao Mitch, de The Crater Lake Monster (1977)]. E não fazem nada propriamente de ruim.
Talvez o ponto mais negativo do filme seja o excesso de personagens desnecessários: pelo menos umas 5 pessoas do grupo de turistas simplesmente não têm função nenhuma história, não interferem em absolutamente nada e nem sequer são atacadas pelo crocodilo.
Com exceção disso, é um filme que mostra o que você espera que ele mostre, em relação a uma história de terror que se passa num rio selvagem e envolve um crocodilo.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Morte Súbita:


E clique aí do lado em ‘aventura’ que você posts sobre Medo Profundo e The Crater Lake Monster.
Até a próxima!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

REINO DE FOGO

título original: Reign of Fire
título brasileiro: Reino de Fogo
ano de lançamento: 2002
países: Estados Unidos / Inglaterra / Irlanda
elenco principal: Christian Bale, Izabella Scorupco, Matthew McConaughey
direção: Rob Bowman
roteiro: Gregg Chabot, Kevin Peterka e Matt Greenberg

Em algum momento não muito claro da Pré-História, surgiu uma espécie de dinossauro que voava, cuspia fogo, comia compulsivamente e se reproduzia com uma velocidade assustadora.
Devido às características que eles tinham, comeram todas as outras espécies de dinossauros e fizeram o planeta mergulhar na Era do Gelo, quando entraram em hibernação até que a Natureza se recuperasse e passasse a oferecer mais alimento.
Alguns deles foram acordando ao longo dos milênios, dando origem aos mitos e lendas sobre os dragões.
Mas no início do século XXI, parece que todos os que ainda viviam em hibernação acordaram na mesma época e não demoraram a se espalhar pelo Mundo...
Em 2020, todas as cidades do Mundo já viraram ruínas. Quase todos os seres vivos foram comidos por esses dragões. E as poucas centenas de humanos sobreviventes vivem em comunidades alternativas.
Um homem chamado Quinn foi quem viu o 1º dessa nova leva de dragões acordar, quando ainda era um menino. E agora ele é o líder de uma dessas comunidades.
Dentro do possível, eles até vivem em paz. Até o dia em que um bando de nômades que se dizem caçadores de dragões entram em contato com eles, propondo unir as forças pra exterminar todos os dragões do Mundo...

Considerado uma superprodução e contando com a presença do Matthew McConaughey, Reino de Fogo foi produzido nos Estados Unidos e filmado na Inglaterra e Irlanda.
Embora, no roteiro original, a história se passasse em 2084, quando o filme foi feito de fato a data foi mudada pra 2020. Inclusive, no trailer do filme, esqueceram de corrigir essa parte. E ainda hoje o narrador fala “2084”.rs
Obviamente Reino de Fogo é um filme bom, tem bons efeitos especiais e mostra as coisas que você espera ver num filme desse tipo.
Claro que uma coisinha ou outra ficou mal explicada...
Por exemplo, a espécie dos dragões é constituída por 1 único macho e centenas de fêmeas. E os humanos que estudaram eles afirmam que o cruzamento deles é externo. Mas quando eles abatem uma fêmea, descobrem que tinha um ovo dentro dela e um feto dentro do ovo. E pra que qualquer fêmea do Mundo tenha um feto dentro dela, ela tem que ter recebido esperma dentro dela. Portanto, o cruzamento é interno.
O tamanho do dragão-macho também é bastante incerto, pois não foi respeitado de uma cena pra outra. Ele é sempre retratado como muito, muito, muito maior do que as fêmeas. Mas em algumas cenas ele parece ter uns 500 metros e em outras ele parece ter menos de 50 metros.
Aliás, o que um bicho daquele tamanho come pra se manter vivo? Uns 5 ou 6 elefantes por dia?rs Exageraram no tamanho da criatura tanto quanto exageraram no tamanho do Kraken de Fúria de Titãs (2010).
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Reino de Fogo:


E dê uma clicada aí do lado em ‘criaturas subterrâneas’ que você acha um post sobre Fúria de Titãs.
Até a próxima!

segunda-feira, 22 de maio de 2017

NO CORAÇÃO DA TERRA

título original: At the Earth’s Core
título brasileiro: No Coração da Terra
ano de lançamento: 1976
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: Caroline Munro, Doug McClure, Peter Cushing
direção: Kevin Connor
roteiro: Edgar Rice Burroughs (autor do texto original) e Milton Subotsky

No final do século XIX, o cientista Abner constrói uma perfuratriz, com a ajuda de seu rico ex aluno David.
A intenção deles é explorar o subterrâneo, é claro. Só que, perdendo o controle da máquina, eles acabam descendo muitos e muitos quilômetros abaixo do que pretendiam. E chegam a um misterioso mundo subterrâneo.
Em meio a uma floresta cheia de plantas pré-históricas e monstros gigantes muito parecidos com dinossauros, eles acabam sendo presos por uma espécie de porcos humanoides, que servem a uma espécie de répteis voadores chamados mahars.
E mais: naquele lugar também existem humanos, que são presos pra ser usados como escravos e eventualmente como comida pros mahars.
Fazendo amizade com alguns humanos que encontram ali, o Abner e o David vão tentar armar uma revolução, pra libertar os humanos e dar fim à tirania que os mahars impõem ao mundo subterrâneo.

Inspirado no livro At the Earth’s Core (1914) do illinoisiano Kevin Connor, No Coração da Terra é um filme de aventura de história rasa, que só serve pra você ver, se distrair na hora e não pensar muito. Só chama a atenção pela presença do grande Peter Cushing dando vida ao Abner.
A história é bem maniqueísta: esses personagens são do bem e ponto final e aqueles personagens são do mal e ponto final.
Algumas situações ficam sem explicação. Mas até que não são muitos, porque a história é tão simples que você nem gasta muito tempo pensando em alguma coisa que não foi explicada.
Tem boas cenas de ação, mas nada que seja de primeiríssima linha.
Os efeitos especiais são aqueles que você espera ver num filme dos anos 70 mesmo. Nada de mais nem de menos.
Tem também algumas cenas simples de humor (a última, inclusive).
Simplificando: No Coração da Terra não é um filme pra quem gosta de produções elaboradíssimas; mas também não é um lixo total. Serve pra se distrair.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


Até a próxima!

segunda-feira, 15 de maio de 2017

A MALDIÇÃO DE FRANKENSTEIN

título original: The Curse of Frankenstein
título brasileiro: A Maldição de Frankenstein
ano de lançamento: 1957
país: Inglaterra
elenco principal: Christopher Lee, Peter Cushing, Robert Urquhart
direção: Terence Fisher
roteiro: Mary Shelley (autora do texto original) e Jimmy Sangster

Órfão de pai e de mãe aos 15 anos, o jovem Victor Frankenstein contrata um tutor chamado Paul pra orientar ele sobre como cuidar da fortuna e da mansão onde ele mora, no meio de uma montanha florestal da Suíça.
O Paul é um cientista. E durante os vários anos em que convive com o Victor, transmite a ele vastos conhecimentos sobre Biologia, Química e Física, no laboratório que eles criam na mansão.
Com tais conhecimentos, o Victor pretende criar um novo ser com o cérebro de um gênio! E ele rouba um cadáver pra usar com esse propósito, adquirindo depois olhos e mãos pra acrescentar ali. Mas ao saber que o Victor matou um grande cientista pra tirar o cérebro dele e acrescentar ali também, o Paul se revolta e destrói o cérebro.
O Victor recolhe os pedaços do cérebro e implanta assim mesmo no corpo que ele tá montando.
Pouco depois disso, quando ele sai do laboratório numa noite de tempestade, um raio cai ali, energiza o corpo que ele tava montando e traz ele à vida antes mesmo de ter ficado concluído.
Monstruosa e demente, a criatura ataca o seu criador. E mais tarde, foge do laboratório e se mete na floresta vizinha, onde mata impiedosamente quem vai encontrando pelo caminho.
O Paul sai tentando deter o monstro. Mas, mesmo que ele consiga, será que o Victor vai desistir da experiência?

A Maldição de Frankenstein chama a atenção por trazer os parceiros de filmes de terror da época Christopher Lee e Peter Cushing interpretando respectivamente o monstro e o cientista louco e contracenando um com o outro pela 1ª vez.
Foi também o 1º filme colorido sobre essa história.
A intenção da Maldição de Frankenstein era explicitamente criar uma versão mais moderna (pra época) do Frankenstein de 1931 e com cenas mais agressivas.
Claro que hoje esse é um filme que, em termos de violência, pode passar na Sessão da Tarde. O monstro nem mata tanta gente assim. E a cena em que o Victor mata o outro cientista é mais violenta do que todas as outras cenas em que o monstro tá presente.
A aparência da criatura aqui ficou bem mais parecida com um cadáver do que no filme de 1931. E a personalidade dela também é mais mal intencionada.
Aventura? Muito pouco, mas tem. Tá mais pra gótico do que pra filme de aventura.
Comédia? Nada.
O filme teve uma única continuação, lançada no ano seguinte. Mas embora o Peter Cushing reapareça em filmes posteriores voltando a interpretar o Victor Frankenstein, esses outros filmes não são continuações desse aqui, mas sim novas versões da história.
E pra fechar, vamos lembrar que A Maldição de Lobisomem (1961) e A Górgona (1964) são outros filmes dirigidos pelo Terence Fisher que eu também já indiquei aqui.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre A Maldição de Frankenstein:


E dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre A Górgona, A Maldição do Lobisomem e Frankenstein.
Até a próxima!

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

KRULL

títulos original e brasileiro: Krull
ano de lançamento: 1983
países: Espanha / Estados Unidos / Inglaterra / Itália
elenco principal: David Battley, Freddie Jones, Ken Marshall
direção: Peter Yates
roteiro: Stanford Sherman

Os habitantes do Planeta Krull conhecem algumas profecias e aguardam que elas se cumpram.
Uma delas afirma que, um dia, Krull será atacado pelo Monstro, um terrível ser com vastos poderes mágicos que já dominou vários planetas e chegará a Krull trazendo o mesmo caos e a mesma destruição deixada nos outros mundos por onde ele passou...
Outra profecia afirma que, um dia, uma jovem de uma antiga estirpe se tornará uma rainha. Depois disso, ela escolherá um rei. Juntos eles governarão o planeta. E o filho deles governará a galáxia...

Apesar de ter sido produzido nos Estados Unidos, Krull não teve nem uma única cena gravada em solo estadunidense. A Espanha, a Inglaterra e a Itália foram os palcos de todas as filmagens.
É um filme que trabalha basicamente com clichês de aventura vistos até o início dos anos 80. Vemos aqui um herói que vai salvar uma heroína que se encontra a mercê de um monstro, um velho sábio que dá conselhos aos heróis, um mago atrapalhado responsável pelas cenas cômicas da história, uma arma mágica que só pode ser usada pelo homem certo (leia-se: pelo ‘mocinho’ do filme, é claro rs) e um planeta cheio de lugares perigosos por onde os heróis vão passando.
Mas, apesar disso, sabem que funcionou?
É verdade que, na época em que foi lançado, Krull foi um filme meio deixado de lado. Mas, com o passar das décadas, passou a ser considerado cult.
Pra quem gosta de filmes em que as cenas mostram TUDO, TUDO, TUDO, talvez desagrade. Porque tem várias coisas que são apenas mencionadas pelos personagens, mas nunca mostradas.
Por exemplo, são mencionadas várias comunidades de camponeses destruídas pelos exércitos do Monstro. Mas, com exceção de um palácio visto no início do filme, o resto do Planeta Krull parece ser formado só por desertos, florestas, geleiras, montanhas e outros lugares desabitados. As tais comunidades nunca dão as caras.
O sábio Ynyr, respeitadíssimo pelos demais e visto por todos como um grande personagem da História de Krull, simplesmente nunca tem o seu passado revelado: nenhuma cena mostra (e nem mesmo nenhum personagem conta) o que ele fez de tão importante no passado.
Apesar disso, eu não tiro o mérito do filme. Ele consegue contar uma história com início, meio e fim e você nem chega a sentir falta dessas coisas que não aparecem.
Como curiosidade, podemos mencionar aqui a presença do jovem Liam Neeson, ainda nos seus primeiros anos de carreira cinematográfica, interpretando um personagem secundário.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Krull:


Até a próxima!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

UM LOBISOMEM AMERICANO EM PARIS

título original: An American Werewolf in Paris
título brasileiro: Um Lobisomem Americano em Paris
ano de lançamento: 1997
países: Estados Unidos / França / Inglaterra / Luxemburgo / Países Baixos
elenco principal: Julie Delpy, Phil Buckman, Tom Everett Scott
direção: Anthony Waller
roteiro: Anthony Waller, John Landis, Tim Burns e Tom Stern

Passeando pela França, 3 rapazes dos Estados Unidos chamados Andy, Brad e Chris veem uma garota tentando se matar, se atirando do alto da Torre Eiffel.
Eles conseguem salvar a garota, que foge correndo, mas perde um sapato e deixa cair um papel. E por ali, os rapazes encontram o endereço dela e descobrem que ela se chama Serafine.
Eles vão até a casa dela pra devolver o sapato. E o Andy consegue começar uma aproximação com ela. Mas fica chocado ao ver que ela tem uma força física sobre-humana!
Na vez seguinte em que vão à casa dela, os rapazes encontram ali só um homem, chamado Claude, que se diz amigo da Serafine, mas fala que ela saiu. E ele aproveita a oportunidade pra convidar os 3 pra ir a uma espécie de clube naquela noite.
Eles vão. Mas têm uma péssima surpresa: o Claude e todos os demais organizadores da festa que tá rolando no clube são lobisomens! E começam a atacar e matar todos os convidados da festa!
Dos poucos que conseguem fugir, o Andy é o único que é ferido por um dos lobisomens enquanto tenta escapar. Ou seja, agora ele também é um. E de acordo com a lenda, a única forma de um lobisomem voltar ao normal é se ele matar o lobisomem que mordeu ele e comer o coração dele.
Mais tarde, conversando com a Serafine, o Andy descobre que ela também é um lobisomem! E ainda por cima surge a possibilidade de que tenha sido ela que mordeu ele!

Um Lobisomem Americano em Paris foi projetado com a intenção inicial de ser uma continuação de Um Lobisomem Americano em Londres (1981). Mas, devido a problemas com os direitos autorais do outro filme, não puderam dar continuidade a essa ideia. Enfim: não foi permitido que fizessem uma continuação. E aí tiveram que fazer uma história independente da outra (mas, mesmo assim, não deixaram de manter um nome parecido com o do outro filme, pra pegar carona na fama dele).
Tinham até chegado a gravar uma cena em que o Claude menciona abertamente alguns acontecimentos do outro filme, pra fazer a ligação entre as 2 histórias (a Serafine era pra ser filha do David, que foi o protagonista do outro filme). Mas, pelos motivos já mencionados, a cena foi deletada.
Sinceramente, esse filme aqui não chega aos pés do outro. Aliás, com a tecnologia de 1981, conseguiram fazer um lobisomem mais convincente do que os lobisomens que aparecem nesse filme.
Um Lobisomem Americano em Paris também erra pelo maniqueísmo, porque se preocuparam muito em transmitir aquela ideia:

“Olhem: ESSE é o pessoal do bem (o Andy e sua patota) e AQUELE é o pessoal do mal (o Claude e sua patota)!!!”

Aventura? Sim. Tem várias cenas de perseguição e algumas de luta que garantem um clima de aventura.
E o filme como um todo parece ser voltado pra jovens que buscam aventuras sem compromisso.
Cenas de humor? Meio esparsas, mas tem.
Simplificando: já deu pra ver que Um Lobisomem Americano em Paris não é nenhuma obra-prima, né? Mas acho que vai agradar principalmente ao público mais jovem, que curte um filme com mais ação do que contexto e com uma piadinha ou outra aqui e ali.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


E clique aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha um post sobre Um Lobisomem Americano em Londres.
Até a próxima!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

MONSTER: A RESSURREIÇÃO DO MAL / O SENHOR DAS TREVAS

título original: Rawhead Rex
títulos brasileiros: Monster: A Ressurreição do Mal / O Senhor das Trevas
ano de lançamento: 1986
países: Estados Unidos / Inglaterra / Irlanda
elenco principal: David Dukes, Heinrich von Schellendorf, Kelly Piper
direção: George Pavlou
roteiro: Clive Barker

Um dia, um fazendeiro decide remover um antiquíssimo obelisco de pedra do quintal dele, já que aquilo atrapalha as plantações dele. Mas, quando faz isso, ele acidentalmente liberta uma monstruosa criatura que era mantida presa sob o obelisco.
Enquanto isso, um escritor chamado Howard tá visitando as igrejas da região, já que pretende escrever um livro sobre o assunto. E ao olhar pra um vitral de uma dessas igrejas, ele vê ali o desenho de uma misteriosa figura encapuzada derrotando um monstro a aprisionando ele sob a terra...
Mais tarde, passeando pela floresta vizinha, o Howard vê o monstro no alto de um barranco e olhando de frente pra ele! Mas desaparecendo de vista logo depois.
Ele reconhece o monstro como a mesma criatura que aparece no vitral da igreja. E depois que ouve falar em várias pessoas massacradas de forma misteriosa na região nas últimas horas, com pistas que dão a entender que foi uma criatura grande e forte que fez aquilo, ele decide procurar a polícia.
Mas ninguém vai acreditar nele... Pelo menos não antes que a situação piore. E muito!

Toda a história que vemos acima começa com o conto Cabeça Descarnada (1986), lançado pelo inglês Clive Barker como parte de sua coleção Livros de Sangue.
Reescrevendo a história em formato de roteiro cinematográfico, ele confiou a obra ao George Pavlou, que dirigiu o parangolé indicado nesse post.
Acontece que, de acordo com o Clive, quando o filme entrou em fase de produção, todo mundo simplesmente esqueceu que o autor existia. E o diretor mudou quase completamente a história, procurando se focar mais nas cenas de destruição causada pelo monstro e deixando o contesto da história quase de lado.
Rawhead Rex, que foi lançado no Brasil em VHS com o esdrúxulo nome de Monster: A Ressurreição do Mal e é exibido na televisão com o nome de O Senhor das Trevas foi uma produção de baixo custo (apesar de ter produtores de 3 países envolvidos). E a gente vê isso principalmente pela fantasia boba do monstro. Ele parece simplesmente um punk com uma carranca do Rio São Francisco no lugar da cabeça (até porque a bocarra escancarada e os olhos arregalados dele são quase 100% imóveis).
No final das contas, ele ficou parecendo um monstro de programa infantil. Eu não me surpreenderia em ver ele no Cruzador Imperial Mess junto dos outros mutantes criados pelo Dr. Kéflen, de Comando Estelar Flashman (1986).rs
Mas, apesar de tudo, o monstro funciona dentro da história. É aquela criatura que até assusta na 1ª cena em que você vê, mas depois perde a graça.
Outro problema foi o excesso de situações contraditórias ou deixadas sem explicação (muita coisa é insinuada e o assunto é abandonado depois, sem se desenvolver), sem dúvida nenhuma como efeito da pouca dedicação que o diretor deu à história.
Os efeitos especiais, pelo menos pros padrões da época, cumprem o que se espera.
Curiosamente, o filme indiano Shaitani Ilaaka, lançado 4 anos depois, ficou bem parecido com esse aqui (principalmente a 2ª metade dele), tanto no tema quanto no desenvolvimento e conclusão da história. Então, acho que O Senhor das Trevas deve ter chamado a atenção na Índia.rs
Comédia? Não. Tentaram contar aqui uma história séria e até bastante trágica.
Aventura? Sim. Mas nada que cause uma super empolgação.
Suspense? Até que tem algumas cenas legais de suspense, sim. E até poderia ter mais se o monstro tivesse a presença dele mais insinuada do que mostrada explicitamente. Mas o diretor fez questão absoluta de mostrar a criatura com todos os detalhes e com todos os closes de câmera em todas as cenas em que ela aparece (e só dá pra fazer isso sem pagar mico quando você tem um monstro suuuuuper bem feito, né?).
Bom, O Senhor das Trevas é aquele filme de terror que a gente pode indicar a quem gosta do tema ‘monstro rondando uma pequena cidade florestal e matando e comendo os humanos que ele encontra pela frente’. Mas vale lembrar que nem todos ele come: alguns ele só hipnotiza pra usar como capachos.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


E dê uma clicada aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha posts sobre Flashman e Shaitani Ilaaka.
Até a próxima!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

A MALDIÇÃO DO LOBISOMEM / A NOITE DO LOBISOMEM

título original: The Curse of the Werewolf
títulos brasileiros: A Maldição do Lobisomem / A Noite do Lobisomem
ano de lançamento: 1961
país: Inglaterra
elenco principal: Catherine Feller, Clifford Evans, Oliver Reed
direção: Terence Fisher
roteiro: Guy Endore (autor do texto original) e Anthony Hinds

Se um homem que já sofreu muito estuprar uma mulher que já sofreu muito, se esse estupro resultar numa gravidez e se essa gravidez terminar com a criança nascendo no Natal, isso é considerado um insulto a Jesus. Por isso, essa pessoa vai nascer com uma maldição sobrenatural que ela vai carregar pro resto da vida e que sempre vai se manifestar nas noites de lua-cheia.
Não há cura pra isso, mas há controle: se a pessoa receber uma demonstração de amor no momento exato em que a maldição dela se manifestar, isso vai fazer a maldição parar e se reverter por aquela noite. Mas na noite seguinte vai começar tudo de novo...

Essa lenda, lançada pelo filme The Curse of the Werewolf é a justificativa pra existência dos lobisomens.
Em mais de 90% das produções cinematográficas e televisivas que abordam o tema, a pessoa só se torna um lobisomem porque é ferida por outro lobisomem. E se ela ferir outra pessoa, vai acontecer o mesmo com ela. Mas aqui se diz que o lobisomem já nasce lobisomem e não transforma ninguém em lobisomem se ferir esse alguém.
Outra inovação que se faz notar aqui é a falta de elementos sobrenaturais num filme de terror sobrenatural. Explicando melhor: o fato de ter um lobisomem na história é quase um detalhe e aparece muito mais na 2ª metade do filme, visto que os personagens que aparecem no início do filme já passam por uma série de situações infelizes que não têm nada a ver com o sobrenatural. No fundo, o que temos aqui é muito mais uma tragédia histórica com toques de sobrenatural, e não um filme de terror cascudo.
Já que eu mencionei que é um filme histórico, inspirado no livro The Werewolf of Paris (1933), do escritor Guy Endore, e lançado no Brasil em VHS com o nome de A Maldição do Lobisomem e exibido na televisão com o título de A Noite do Lobisomem, vamos explicar o motivo...
A Hammer Film Productions, que foi responsável pelo lançamento do filme, tinha em mente um filme que se passava na Espanha do século XVIII. Mas esse acabou não saindo. Então, pra não jogar fora os cenários e os figurinos que tinham sido feitos pra esse outro filme, resolveram usar eles na Noite do Lobisomem. E pra isso, evidentemente, tiveram que deslocar a história pra Espanha do século XVIII (mas é uma produção 100% inglesa).
Também vale lembrar que esse foi o único filme da Hammer sobre um lobisomem, embora eles tenham lançado filmes de terror com vários outros temas.
Aventura? Sim. Em nível médio, podemos dizer.
Comédia? Ih... 0%. Tentaram contar aqui a história mais triste possível. Nenhum personagem tem final feliz.
Violência? Bom, a história em si é violenta. Mas são muito poucas as cenas de violência explícita mostrada com detalhes. Quando acontece alguma coisa violenta, geralmente é em off.
Pra encerrar, vale lembrar que o Terence Fisher foi um diretor com várias produções de terror no currículo. E outra obra dele que eu já indiquei aqui foi A Górgona (1964).
Clique aqui pra ver mais informações sobre A Noite do Lobisomem:


E clique aí do lado em ‘góticos’ que você acha o post sobre A Górgona.
Até a próxima!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

PLATAFORMA DO MEDO

título original: Creep
título brasileiro: Plataforma do Medo
ano de lançamento: 2004
países: Alemanha / Inglaterra
elenco principal: Franka Potente, Sean Harris, Vas Blackwood
direção e roteiro: Christopher Smith

Nos últimos dias, pessoas têm sumido sem deixar rastro no metrô de Londres... E talvez isso tenha a ver com uma parede que apareceu misteriosamente derrubada dentro de um dos túneis, revelando que existia um corredor abandonado escondido por trás dela. Os desaparecidos podem ter entrado ali... Ou sido arrastados lá pra dentro por alguém ou alguma coisa.
Sem saber nada sobre isso, uma fã do George Clooney chamada Kate ouviu dizer que o ídolo dela tá em Londres naquela noite, numa festa. E ela resolve correr até lá pra ver se consegue dar uma chegada nele.
Ela corre até o metrô, embora faltem poucos minutos pra fechar. E ao se sentar num banco da plataforma pra esperar o trem, ela acaba pegando no sono... Quando acorda, ela vê que já é madrugada e a estação já fechou!
A Kate fica correndo pra lá e pra cá sem saber o que fazer, já que agora ela ficou sozinha dentro da estação de metrô fechada.
Bom, pra dizer a verdade, ela vai descobrir da pior forma possível que ela não tá ali sozinha...

Plataforma do Medo acabou virando um slasher um pouco curioso. Principalmente por ter poucos clichês de slashers (e a gente sabe que esse tipo de filme trabalha basicamente com clichês).
Heroínas principais de slashers (principalmente as dos anos 80) até sabem se defender e se virar sozinhas quando precisam. Mas, durante a maior parte do tempo, são aquelas garotas boazinhas, que passam uma imagem de frágeis e tal.
A Kate foge bastante da imagem de frágil desde o início. E ela não é má, é claro. Mas também tá longe de ser aquela boazinha retardada.
Plataforma do Medo também tem uns toques simples de ficção científica, mas sem desenvolver muito essa parte... O filme só entra nessa questão quando conta (muito superficialmente) a história do vilão, chamado Craig: ele é, até onde dá pra entender, um feto abortado que foi trazido de volta a vida por um cientista louco através de experiências mutantes. E foi criado por ele desde a infância em corredores abandonados e lacrados dos subterrâneos de Londres, até o dia em que conseguiu fugir.
De acordo com alguns sites, a princípio a história do vilão seria um pouco mais explorada. Mas isso faria o público sentir mais pena do que medo dele. E não era isso que o diretor queria.
De qualquer forma, o Craig também não parece ser gratuitamente perverso. Algumas atitudes dele parecem ser mais imitações de situações que ele via enquanto era criado pelo tal cientista, que também fazia abortos clandestinos (aliás, nunca é explicado o que aconteceu com o velho).
Aventura? Sim. Principalmente nas cenas em que a Kate tenta fugir, correndo pelas salas do metrô e dos esgotos de Londres.
Suspense? Sim. Em várias cenas. Aliás, tem alguns sustos garantidos.rs
Comédia? Não. Tentaram contar aqui uma história mais séria. Mas tem algumas poucas cenas levemente irônicas (principalmente a última).
Clique aqui pra ver mais informações sobre Plataforma do Medo:


Até a próxima!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

PUPPETRY OF THE PENIS

título original: Puppetry of the Penis
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 2001
país: Inglaterra
elenco e roteiro: David Friend e Simon Morley
direção: Mick De Montignie

Bom, vou começar o post esclarecendo que, ao contrário do que o pôster aí do lado talvez faça parecer, a produção em questão aqui não é um filme pornô gay.rs O que não quer dizer que ela não chame uma atenção até meio específica do público gay, é claro. Mas é uma produção humorística, sem nenhuma cena de sexo nem nada disso.
Explicando melhor, provavelmente muitos de vocês já ouviram falar ou já viram os vídeos de uma mágica chamada Ursula Martinez. O Jô Soares, volta e meia, exibe algum show dela no programa dele.
Bom, pra quem não sabe do que se trata, ela é uma mágica que se apresenta pelada nos shows e faz truques mágicos com a xereca... Vamos chamar de ‘vagina’, né? ‘Xereca’ fica meio agressivo.rs
Num dos truques, ela faz um lenço sumir no início da apresentação, fica pelada e... Bom, acho que vocês já entenderam de onde ela tira o lenço no final.
Pois bem. Os humoristas David Friend e Simon Morley fizeram um show que segue mais ou menos a mesma linha, só que na versão masculina. Sim: eles chegam diante de uma plateia e cada um deles faz uma série de truques humorísticos com o pênis. E por isso mesmo o show se chama Puppetry of the Penis, que pode ser traduzido como “show de marionetes do pênis”.
Embora o show em si seja uma criação dos 2 atores, a direção ficou por conta do Mick De Montignie. E em 2001 eles gravaram uma das apresentações num DVD, que, de acordo com o IMDB, só foi lançado em 2012 (não consegui informações sobre o motivo). E é sobre esse DVD que a gente tá falando aqui.
Bom, claro que Puppetry of the Penis não é um filme pra você ver levando a sério, né? O objetivo é só rir e ponto final. Afinal, quem sabe um dia o Leandro Hassum e o Marcius Melhem resolvem fazer uma versão brasuca desse show? Minimamente iam fazer muita gente rir.rsrsrs
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


Até a próxima!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A MOSCA

título original: The Fly
título brasileiro: A Mosca
ano de lançamento: 1986
países: Canadá / Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: Geena Davis, Jeff Goldblum, John Getz
direção: David Cronenberg
roteiro: George Langelaan (autor do texto original), Charles Edward Pogue e David Cronenberg

Nos anos 80, um cientista chamado Seth cria o que parece ser a invenção do século: 3 cabines que conseguem teletransportar objetos de uma pra outra.
Quando tenta fazer isso com seres vivos, ele até consegue. Mas o teletransporte destrói o corpo das cobaias que ele usa!
Depois de fazer vários melhoramentos na máquina, ele mesmo se usa como cobaia, conseguindo se teletransportar com sucesso de uma cabine pra outra. Mas não percebeu que uma mosca entrou com ele na cabine quando ele fez isso...
Conclusão: a mosca foi destruída no processo e o DNA dela foi completamente absorvido pelo corpo do Seth, que começou a se transformar num mutante insetoide!
E a namorada dele, chamada Veronica, ficou grávida de um filho dele, que certamente vai nascer com o mesmo DNA mutante do pai!
Mas o que ela pode fazer se o Seth começou a enlouquecer, devido às monstruosas condições físicas que vai adquirindo?

Equivocadamente, muitas pessoas pensam que A Mosca é um remake de um clássico de ficção cientifica dos anos 50: A Mosca da Cabeça Branca (1958). Mas um filme não foi nem sequer inspirado no outro.
O que acontece é que os 2 filmes foram inspirados no conto The Fly (1957), do francês George Langelaan. E é por isso que eles se parecem em alguns pontos. Mas os 2 roteiros como um todo são bem diferentes.
A Mosca é o típico filme amado por alguns e odiado por outros. E nesse último caso, o filme conquistou a antipatia de muitos expectadores por causa das cenas splatter que ele mostra: enquanto o Seth passa pela metamorfose mutante que se desencadeou nele, ele começa a vomitar ácido e as partes humanas do corpo dele começam literalmente a cair aos pedaços.
Mas se você conseguiu ver Terror No Pântano (2006), você encara A Mosca numa boa.rs
Vale lembrar que esse é um dos raros filmes de terror a ganhar um Oscar (de Melhor Maquiagem).
A Mosca tem aventura, mas muito moderada e só em algumas cenas.
Parece que o diretor quis apostar mais no suspense e nas cenas splatter.
A Mosca é bastante pessimista (principalmente do meio pro fim). Mas consegue ter algumas pinceladas de comédia. Principalmente em alguns momentos em que o próprio Seth ironiza a situação em que ele se encontra.
Por trás disso, ele não esconde o sofrimento pelo qual tá passando e que aos poucos vai minando a sanidade mental dele.
Pra manter a simpatia do público pelo personagem, o diretor chegou a cortar uma cena que foi gravada em que ele matava um pequeno mutante híbrido criado por ele, num teste que ele fez quando começou a pensar em fundir o corpo dele com o da Veronica.
Bom, mesmo que você não curta splatter, vale a pena ver A Mosca até como curiosidade mesmo. Mas com certeza o filme vai agradar principalmente aos fãs de ficção científica.
O filme teve uma continuação, lançada em 1989.
Clique aqui pra ver mais informações sobre A Mosca:


E clique aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Terror No Pântano.
Até a próxima!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

FÚRIA DE TITÃS (versão de 2010)

título original: Clash of the Titans
título brasileiro: Fúria de Titãs
ano de lançamento: 2010
países: Espanha / Estados Unidos / Etiópia / Inglaterra
elenco principal: Gemma Arterton, Ralph Fiennes, Sam Worthington
direção: Louis Leterrier
roteiro: Beverley Cross (autor do texto original), Matt Manfredi, Phil Hay e Travis Beacham

Abandonando quase por completo a Mitologia Grega original, esse filme se prendeu muito mais ao roteiro deixado pelo hoje falecido Beverley Cross, que deu origem ao filme Fúria de Titãs, lançado em 1981.
Mas, embora seja um remake, esse filme teve um tom bem menos romântico e mais focado em aventura do que o original.
Ao contrário do outro filme, aqui tem 0% de relações amorosas entre o Perseu e a Andrômeda. E embora haja quem enxergue uma insinuação de amor entre o Perseu e a Io, pelo menos nesse filme, ela se comportou muito mais como uma amiga dele do que como uma namorada, amante ou adjacências (embora, no filme seguinte, seja revelado que eles acabaram se casando).
As cenas de luta, por outro lado, foram muito mais elaboradas e realmente chamam bem mais atenção.
Quase todos os monstros retratados na 2ª versão de Fúria de Titãs tiveram o tamanho beeeeem aumentado, comparado à forma como eles apareceram na 1ª versão (a Medusa é bem maior, o Kraken é bem maior e os escorpiões gigantes são bem maiores)... A meu ver, houve até um certo exagero, principalmente em relação ao Kraken, que foi retratado como uma criatura do tamanho do Corcovado.rs
E no outro filme ele era um monstro marinho que ficava preso numa jaula submarina. Aqui ele é um monstro subterrâneo. Como é que uma coisa tão grande vai se mover no subterrâneo? Provocaria terremotos devastadores de 5 em 5 minutos!
O único monstro retratado com uma aparência menos ameaçadora foi o Calibos. Na verdade, ele nem foi retratado no remake como um monstro, mas simplesmente como um homem deformado depois de ter sido atingido pelo relâmpago de Zeus e depois dotado com poderes mágicos por Hades.
Mais uma: no filme original, ele era um dos vilões principais; no remake, ele virou quase um figurante. E ainda por cima fundiram ele com o Rei Acrísio, que era outro vilão que no outro filme que não tinha nada a ver com o Calibos.
A deusa Tétis, que também tava entre os vilões principais na 1ª versão, simplesmente sumiu na 2ª. E numa espécie de substituição a ela, entrou Hades.
No original, os deuses e os humanos vivem quase em estado de indiferença uns aos outros. No remake, os humanos odeiam os deuses. E os problemas da história começam basicamente por causa disso.
Como a gente vê, várias coisas foram mudadas. Mas o resultado foi um filme de aventura interessante.
Bom, eu, se tiver que escolher entre o original de 1981 e o remake de 2010, prefiro o original. Mas não tô dizendo que o remake seja ruim. Só não me agradou tanto quanto o outro.
O filme teve uma continuação, lançada em 2012.
Clique aqui pra ver mais informações sobre Fúria de Titãs:


E clique aí do lado em ‘seres sobrenaturais’ que você acha um post sobre o original de 1981.
Até a próxima!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

FÚRIA DE TITÃS

título original: Clash of the Titans
título brasileiro: Fúria de Titãs
ano de lançamento: 1981
países: Espanha / Estados Unidos / Inglaterra / Itália / Malta
elenco principal: Harry Hamlin, Judi Bowker, Laurence Olivier
direção: Desmond Davis
roteiro: Beverley Cross

Embora Fúria de Titãs seja considerado a 1ª grande produção cinematográfica inspirada no mito do herói grego Perseu, eu diria que ele simplesmente pinçou alguns elementos da Mitologia Grega que se enquadrassem numa história de aventura misturada com romance.
Não tô dizendo que o filme ficou ruim. Pros padrões da época, foi uma superprodução. Mas não assista esse filme pensando que você tá vendo o mito grego original.
O romance do Perseu com a Andrômeda, que o diretor pôs em cena o mais cedo que pôde, não tem nada a ver com o mito original, no qual o Perseu só conhece a Andrômeda quando ela já tá acorrentada à beira-mar pra ser devorada por um monstro marinho.
Por falar nele, o monstro que aparece em Fúria de Titãs se chama Kraken e é o último dos titãs. Mas o que aparece na Mitologia Grega se chama Ceto e não é um titã.rs
Bom, sem mais comparações, esse filme tem um bom nível de aventura. E os efeitos especiais são o máximo que se pode esperar de um filme do início dos anos 80.
O Perseu que aparece no filme é um herói convincente. Mas a Andrômeda retratada ali é uma heroína que fica no meio do caminho entre a mulher independente que impõe a vontade dela e a mocinha que espera pra ser salva do monstro pelo mocinho.
A única coisa que eu achei mal aproveitada em Fúria de Titãs é o Kraken: todos os personagens que falam sobre ele dizem que ele é uma criatura devastadora, dizem que ele é uma besta destruidora; mas na prática, mesmo tendo oportunidade, ele não faz muita coisa. Ele provoca um tsunami que atinge a cidade de Argos no início do filme (nem sequer ataca a cidade com as próprias mãos) e no final ele tem lá uma lutazinha meio chinfrim com o Perseu.
Um monstro que tem uma capacidade de destruição tão propalada devia ser mostrado em cenas mais ‘tiro, porrada e bomba’, né?
No mais, Fúria de Titãs tem tudo pra agradar a fãs de aventura.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


Até a próxima!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

BEYOND THE FOG / TOWER OF EVIL

títulos originais: Beyond The Fog / Tower of Evil
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1972
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: Bryant Haliday, Jill Haworth, Mark Edwards
direção: Jim O’Connolly
roteiro: George Baxt (autor do texto original) e Jim O’Connolly

Um marinheiro chamado Hamp desembarca junto com seu pai numa ilha chamada Snape Island. Mas, pouco depois, eles encontram uma garota enlouquecida, que mata o velho, pouco antes de ser capturada pelo Hamp e levada por ele pra um hospício.
E mais: os cadáveres de 3 amigos da garota foram encontrados na ilha! Um deles, com uma antiga espada fenícia cravada no tórax.
Ao saberem do fato, um grupo de arqueólogos deduzem que isso confirma uma antiga lenda, segundo a qual uma comunidade fenícia se estabeleceu em Snape Island há milênios. E assim, eles decidem ir até lá pra procurar outros artefatos históricos, acompanhados por um policial chamado Evan.
Quem vai levar eles até lá é o próprio Hamp, que esconde um triste segredo de família relacionado à ilha...
Assim que eles desembarcam, o Evan examina o local e conclui que não pode ter sido a garota louca que massacrou os 3 jovens lá antes, pois ela não teria força física pra matar 3 pessoas fortes e saudáveis da forma brutal como a coisa foi feita. Ou seja: havia mais alguém na ilha. E tudo indica que esse alguém ainda tá lá, se escondendo entre as pedras cobertas de névoa da ilha.
Além disso, parece que o Hamp sabe quem é esse alguém...

Inspirada no livro Horror on Snape Island (1972), do George Baxt, essa é uma coprodução anglo-estadunidense lançada nos Estados Unidos com o nome de Beyond The Fog e na Inglaterra com o nome de Tower of Evil.
Temos aqui uma curiosa mistura de gótico com slasher: como num filme gótico, a história se passa numa grande e sombria construção, localizada numa região desolada e cercada de névoa constante, onde acontecem mortes que ninguém consegue explicar no início da história; e como num slasher film, a história mostra um grupo de pessoas que ficam presas num lugar isolado onde não podem receber ajuda imediata, várias cenas de nudez e sexo simulado, um louco deformado como vilão e uma luta mano a mano entre o vilão e a mocinha mais boazinha do grupo no final do filme.
Assim, Tower of Evil vai agradar tanto a quem gosta de góticos quanto a quem gosta de slashers. Ou a quem quer ver por curiosidade um filme de terror vanguardista, já que ele é do início dos anos 70 e usa temas que só se tornariam comuns em slashers dos anos 80.
E pra encerrar, não posso deixar de comentar a semelhança que Tower of Evil tem com A Ilha dos Cães (1982).
Eu sempre achei que esse último filme era uma mistura de cenas plagiadas de Antropophagus (1980) e Sexta-Feira 13: parte 2 (1981). E é mesmo.rs Só que ele se parece ainda mais com Tower of Evil.
No caso da Ilha dos Cães, temos uma mulher que teve um filho aberrante e foi viver com ele separada do Mundo numa ilha aonde ninguém ia. Até que ela morreu, o filho virou uma espécie de terror ambulante vagando pela ilha e atacou um grupo de pessoas que chegaram lá. E pra se defender do agressor no final do filme, a mocinha do grupo incendeia o lugar onde eles tão com ele dentro... Ora vejam: essas mesmas coisas já tinham sido mostradas 10 anos antes em Tower of Evil!rs
Tem até cenas que são quase 100% iguais nos 2 filmes, como os recém-chegados encontrando uma foto antiga da mãe com o bebê aberrante no colo e tentando esconder ele e uma garota que encontra a carcaça da velha sentada numa cadeira no quarto dela.
Santo filme de terror plagiado, Batman!rs
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Tower of Evil:


E clique aí do lado em ‘slashers’ que você acha posts sobre A Ilha dos Cães, Antropophagus e Sexta-Feira 13: parte 2.
Até a próxima!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

UMA JANELA PARA O AMOR

títulos originais: A Room With a View / Camera Con Vista
título brasileiro: Uma Janela Para O Amor
ano de lançamento: 1985
países: Inglaterra / Itália
elenco principal: Daniel Day-Lewis, Helena Bonham Carter, Julian Sands
direção: James Ivory
roteiro: E. M. Forster (autor do texto original) e Ruth Prawer Jhabvala

Eu começo o post de hoje lembrando que um dos gêneros de filmes que menos chamam a minha atenção são os romances. Por isso, vocês raramente vão ver posts sobre romances por aqui. Mas hoje é exatamente uma dessas exceções.rs
Uma Janela Para O Amor, inspirado no livro com o mesmo nome lançado pelo inglês E. M. Forster em 1908, é um romancinho bem ‘água com açúcar’. Nem cena de sexo tem.
Quanto ao roteiro:

No início do século XX, uma pós-adolescente inglesa chamada Lucy tá viajando pela Itália na companhia de sua preceptora (que tem a função básica de empata-foda da garota) e aí ela se apaixona por um jovem extrovertido que conhece por lá, chamado George.
Só que, na Inglaterra, ela fica noiva de um homem rico, um pouco mais velho e de comportamento tradicional, mas por quem ela não manifesta nenhuma grande afetividade, chamado Cecil.
Agora a romântica Lucy tem que escolher o que fazer: viver uma grande paixão com o George ou se casar com o noivo considerado perfeito pra uma jovem europeia de 100 atrás.

Simplificando, é o roteiro básico de qualquer romance clássico, né? Então, vai agradar a quem é fã desse tipo de filme. E em termos de cenário, figurino e produção artística em geral, tenho que dizer que Uma Janela Para O Amor também é muito bom.
Mas não veja se você tá procurando um filme de ação e aventura. Além de ser bastante paradão, Uma Janela Para O Amor também é bem longo (tem 2 horas). Até botaram lá umas pinceladas de comédia (muito superficiais) pra animar um pouco, mas fica só nisso.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


Até a próxima!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

ALIEN / O OITAVO PASSAGEIRO


título original: Alien
títulos brasileiros: Alien / O Oitavo Passageiro
ano de lançamento: 1979
países: Estados Unidos / Inglaterra
elenco principal: Bolaji Badejo, Eddie Powell, Sigourney Weaver
direção: Ridley Scott
roteiro: Dan O’Bannon e Ronald Shusett


Talvez a espécie de feras espaciais que mais se celebrizou no Cinema de Terror do final dos anos 70 pra cá tenha sido a dos aliens. E a 1ª vez em que 2 espécimes dessa espécie foram mostrados ao público foi no filme Alien, às vezes exibido no Brasil com o título original, outras vezes com o título de O Oitavo Passageiro.
O 1º espécime, um tipo de aranha crustácea com um rabo enorme, já chega dando um belo susto no público ao saltar e agarrar ferozmente a cara de um dos heróis do filme. Mas o 2º, um parasita filho do 1º, é que vai realmente levar o terror a eles...
Embora esse filme não dê nenhuma grande informação sobre a espécie, na 1ª continuação que ele teve (1986) aprendemos bem mais sobre essas feras. E talvez esse 2º filme só decepcione alguns pelo deja vu do final, já que a heroína se livra do monstro principal do 2º filme da mesma forma que tinha se livrado do monstro principal do 1º. Mas isso não chega a incomodar tanto.
Outras 5 continuações oficiais foram lançadas (1992, 1997, 2004, 2007 e 2012). E também uma continuação não oficial como curta-metragem (2003).
Bom, o 1º filme foi todo gravado na Inglaterra, embora vários membros da equipe sejam dos Estados Unidos. E o monstro foi interpretado em algumas cenas pelo nigeriano Bolaji Badejo e em outras pelo inglês Eddie Powell.
Clássico de ficção científica misturada com terror, Alien conta com bons momentos de suspense e dá vários sustos no público até as últimas cenas (pelo menos se você tá vendo pela 1ª vez). E o clima de aventura fica mais pro final, nas cenas em que a Tenente Ellen Ripley tá fazendo o que pode pra fugir e voltar pra Terra.
A única coisa que eu não gosto nesse filme é do excesso de luzes piscando incessantemente na nave. Isso tornou algumas cenas realmente incompreensíveis pra quem tá vendo o filme pela 1ª vez.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Alien:


Até a próxima!