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segunda-feira, 9 de abril de 2018

KOSOKU SENTAI TURBORANGER

título original: Kosoku Sentai Turboranger
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1989
país: Japão
elenco principal: Fumiaki Ganaha, Jun Ichiro Katagiri, Keiji Asakura, Kenta Sato, Noriko Kinohara
direção: um diretor da Toei (sem nome creditado)
roteiro: Hirohisa Soda e Toshiki Inoue

Há muitos e muitos milênios atrás, a Terra era habitada por 3 espécies racionais: os humanos, as fadas e os bomas.
Os humanos e as fadas viviam em perfeita harmonia. Mas os bomas quiseram destruir esses 2 outros grupos pra se tornar a única espécie dominando o planeta. E começaram uma guerra pra isso, matando vários humanos e fadas.
Por fim, os bomas foram acorrentados em prisões naturais espalhadas pelo planeta. E os poderes mágicos das fadas se encarregaram de manter eles presos lá, em tese pra sempre.
Mas, devido à poluição que os humanos começaram a espalhar pelo planeta, as fadas foram morrendo ao longo dos milênios e os encantos delas foram se desfazendo. E entre eles, o encanto que mantinha os bomas presos...
Por fim, em 1989, a única fada ainda viva, chamada Shiron, não tem forças sozinha pra dar continuidade ao encanto. E os bomas acabam se soltando, passando no mesmo instante a atacar impiedosamente os humanos.
Cada boma é uma criatura mágica com uma aparência e poderes diferentes. Então, nunca se sabe como eles vão atacar.
Diante de situação tão calamitosa, a Shiron se junta ao cientista Dazai pra recrutar 5 adolescentes capazes de enfrentar essas criaturas. E assim se forma o Esquadrão Superveloz Turboranger.

Bom, temos aqui aquele tipo de seriado que, se você não insistir, não vai ver o que ele tem de bom a oferecer...
Acontece que os primeiros 12 capítulos de Turboranger são muito fraquinhos. Dali pra frente, a história fica um pouquinho mais animada. E do capítulo 27 pra frente o núcleo dos vilões é quase 100% reformulado, já que metade dos vilões fixos que os heróis tinham enfrentado até ali vão morrendo num capítulo atrás do outro, assim como um vilão secundário passa a ganhar cada vez mais poder, virando quase o vilão principal da história.
Por falar no vilão principal, quem ocupa esse posto oficialmente é o Imperador Ragon... E não é que em pleno capítulo 38 (bem antes do fim do seriado) ele resolve peitar os heróis pessoalmente!
E mais: ele morre nessa luta (o que não quer dizer que ele sai definitivamente da história)!
Se você é fã de sentais mais antigos, já viu que vários clichês que eram imexíveis em sentais anteriores foram abolidos em Turboranger.
E não parou por aí...
Os heróis têm uma arma específica pra matar os monstros em tamanho humano (algo existente em todos os sentais anteriores). Mas em várias vezes eles matam os monstros de formas alternativas, dependendo do que teja acontecendo na hora.
E todos os vilões fixos têm o poder de ressuscitar os monstros em tamanho gigante (não é sempre o mesmo vilão que faz isso, como em todos os sentais anteriores).
Como vemos, comparado com outros sentais mais antigos, esse aqui apresenta algumas ‘novidades’.
Mas Turboranger decepciona em relação aos heróis: nenhum membro do esquadrão tem a história pessoal explorada. E pra dizer a verdade, eles nem têm personalidades muito definidas.
De qualquer forma, se você é fã de sentais, vale a pena dar uma conferida.
Clique aqui pra ver mais informações sobre Turboranger:


Até a próxima!

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

OS VINGADORES DO ESPAÇO

título original: Maguma Taishi
título brasileiro: Os Vingadores do Espaço
ano de lançamento: 1966
país: Japão
elenco principal: Masumi Okada, Tetsuya Uosumi, Toru Ohira
direção: Hidehito Ueda
roteiro: Osamu Tezuka

Depois de conquistar vários planetas, um vilão espacial chamado Goa decide se apossar da Terra. E assim, comunica os planos dele a um repórter chamado Atsushi, exigindo que ele propague a informação.
Durante a aparição do alien, o filho do Atsushi, chamado Mamoru, tira uma foto do invasor.
Horas depois, um jato de ouro se aproxima da casa da família e se transforma num robô gigante chamado Maguma. E diz ao Mamoru que precisa da foto que ele tirou do Goa pra poder analisar ela. E ainda convida o menino pra ir com ele até onde ele mora.
O Mamoru vai. E descobre que o Maguma é uma criação do velho mago Asu, que também criou uma robô de prata chamada Moru. E eles vieram de outro planeta pra defender a Terra da invasão do Goa.
O Maguma e a Moru se afeiçoam ao Mamoru. E pedem ao Asu pra criar um robô infantil que se assemelhe ao menino, pra que eles possam tratar como um filho. E assim, o velho cria o pequeno robô Gamu.
Feito isso, o Asu e seus 3 robôs vão passar a ajudar o Mamoru e o pai dele a enfrentar o vilão Goa.

Ultraman tava previsto pra ser o 1º seriado colorido da TV Japonesa. E assim, a P-Production correu e criou Os Vingadores do Espaço, pra que esse estreasse antes de Ultraman e ficasse com a glória de ser o 1º seriado colorido do Japão.
E conseguiu (por pouco): Os Vingadores do Espaço estreou 6 dias antes de Ultraman!rs
Os Vingadores do Espaço tem cenas de ação e aventura. Mas a história tem um desenrolar mais lento do que a de outros seriados do mesmo tipo: enquanto na maioria dos outros cada capítulo tem um tema diferente que começa e acaba no mesmo capítulo com um monstro que geralmente aparece e morre no mesmo capítulo, aqui o roteiro insiste no mesmo tema geralmente por 4 capítulos seguidos e mostra o mesmo monstro atacando durante esse período.
Pros padrões dos anos 60, até que os monstros não eram mal feitos. Mas nada que se compare a uma produção de hoje, evidentemente.
Aliás, muitos efeitos especiais eram desenhos animados simplesmente desenhados por cima do filme. Mas dava pro gasto.
Quanto à história em si, não há nenhuma grande evolução: do início ao fim não entra nenhum personagem novo, não sai nenhum personagem antigo, não aparece nenhum vilão que não seja o próprio Goa ou outro personagem associado a ele... E algumas coisas também são deixadas sem explicação quando o seriado acaba.
Mas acho que o que causaria mais polêmica nesse seriado nos dias de hoje é que o Atsushi e um amigo dele chamado Kita eram 2 fumantes compulsivos. Em pelo menos metade das cenas em que os 2 apareciam eles tavam fumando um cigarro atrás do outro. Imaginem se hoje isso seria aceito num programa dirigido a menores de 18 anos!
Quanto aos personagens, os heróis são bem armados e dispostos à luta. Mas o vilão, apesar de persistente nos planos dele, não é lá essas coisas. Aliás, ele sempre foge quando tem que enfrentar o Maguma pessoalmente.
Ele é um humanoide gordo, de pele cinza e cabelo back power. Enquanto o Asu parece uma versão mais antiga do Ejin do Fantástico Jaspion (1985).rs
No mais, Os Vingadores do Espaço é igual a qualquer outro seriado japonês com monstros gigantes.
Se você gosta de Ultraman e Spectreman (1971), também vai gostar desse aqui.
Clique aqui pra ver mais informações sobre Os Vingadores do Espaço:


E clique aí do lado em ‘produções japonesas’ que você acha posts sobre Jaspion, Spectreman e Ultraman.
Até a próxima!

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

CHOJU SENTAI LIVEMAN

título original: Choju Sentai Liveman
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1988
país: Japão
elenco principal: Daisuke Shima, Kazuhiko Nishimura, Masa-Aki Yamaguchi, Megumi Mori, Shinobu Komoto
direção: Minoru Yamada, Shouhei Toujou e Takao Nagaishi
roteiro: Hirohisa Soda e Toshiki Inoue

Nos anos 80, a ONU instalou um centro de estudos científicos pra jovens do Mundo inteiro que apresentassem Q.I. acima da média na Ilha Academy.
Em 1986, 3 estudantes abandonam o centro, alegando que a instituição visa apenas a evolução da Humanidade. E eles desprezam a Humanidade! E logo depois, os 3 se preparam pra embarcar numa nave que pousa no campus da ilha.
Curiosos, 2 estudantes que desenvolveram trajes especiais tão resistentes quanto armaduras se aproximam dali, seguidos por 3 colegas chamados Yusuke, Jo e Megumi.
Quando os 3 dissidentes percebem que tão sendo observados, um deles atira nos 2 colegas que se aproximaram, matando os 2 diante dos olhos perplexos do Yusuke, do Jo e da Megumi. E depois eles decolam com a nave e somem no Céu.
Passados 2 anos desse bizarro acontecimento, uma esquadrilha de naves espaciais chega de repente e bombardeia toda a Ilha Academy, destruindo quase tudo. E de dentro de uma delas saem ninguém menos que os 3 dissidentes, que agora dizem que se chamam Kemp, Obura e Mazenda.
Eles agora fazem parte de uma organização chamada Volt, dirigida por um grande cientista chamado Biasu. E dizem que vieram tomar a Terra pra ele.
Mas o Yusuke, o Jo e a Megumi também têm uma surpresa: retomando as experiências deixadas pelos 2 colegas assassinados, eles criaram trajes ainda mais resistentes do que os deles. E acionando esses trajes, os 3 declaram que agora formam um grupo chamado Choju Sentai Liveman.
A partir de agora, começa a guerra entre Liveman e Volt!

Se você é fã de sentais e desconhece Choju Sentai Liveman, posso dizer que ele não chega a mostrar grandes novidades pros padrões dos anos 80. Mas se saiu melhor do que alguns outros seriados do mesmo tipo.
O tema principal questiona do 1º ao último capítulo até que ponto uma pessoa que era boa pode ficar má, até que ponto ela tá só fingindo que ficou má... Simplificando: a história trabalha o tempo todo com a possibilidade de uma pessoa que praticou atos perversos poder voltar atrás e se redimir ou então preferir seguir até o fim nas escolhas perversas que fez.
Sobre o Kemp, o Obura e a Mazenda, não vou dizer qual tem qual destino.rs Mas posso dizer que eles têm 3 fins diferentes: um se arrepende das perversidades que cometeu ainda no início e consegue se redimir, outro só percebe que errou quando tá morrendo já é tarde demais e outro segue até o fim e morre cumprindo seus objetivos perversos. Isso sem falar em outros vilões fixos que aparecem depois e também são submetidos ao tema em questão.
E na reta final do seriado, 2 novos guerreiros se juntam aos Liveman, formando um esquadrão de 5.
Em relação aos efeitos especiais, principalmente nos primeiros capítulos, o seriado não deixa a desejar. Até o monstro do capítulo, quando morre, tem uma cena de explosão mais bem feita do que nos sentais anteriores.
Liveman foi feito logo depois de Defensores da Luz Maskman (1987). E quase passou no Brasil. Mas, como houve uma certa queda de audiência dos seriados japoneses na época em que Maskman foi transmitido aqui, nenhuma emissora se animou muito a exibir outro sentai, achando que a fórmula já tava esgotada por aqui.
E pra quem é fã de seriados japoneses de aventura, quero lembrar que vai encontrar aqui vários rostos conhecidos...
O ator Joji Nakata, que já tinha interpretado o Kaura em Comando Estelar Flashman (1986), reaparece aqui como o vilão principal Biasu.
O ator Yutaka Hirose, que já tinha feito várias pontas em Esquadrão Relâmpago Changeman e O Fantástico Jaspion (ambos de 1985) e também já tinha interpretado o Wandar em Flashman, reaparece aqui como o Kemp. E ele também interpretaria o vilão Jin em Gosei Sentai Dairenja (1993).
O ator Yoshinori Okamoto, que já tinha interpretado o Buba em Changeman, o Galdan em Flashman e o Oyobu em Maskman, reaparece aqui como o Ashura. E ele também interpretaria o pai do Geki em Kyoryu Sentai Jurenja (1992) e um dos 4 reis de Goma em Dairenja.
E a atriz Akiko Kuruso (essa é menos conhecida no Brasil, porque os seriados em que ela aparece nunca foram lançados comercialmente aqui) aparece aqui interpretando a Mazenda. Mas ela reapareceria em Dairenja interpretando a Gara.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Liveman:


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Até a próxima!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

GOSEI SENTAI DAIRENJA

título original: Gosei Sentai Dairenja
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1993
país: Japão
elenco principal: Ei Hamura, Hisashi Sakai, Keichi Wada, Keisuke Tsuchiya, Natsuki Takahashi, Tatsuya Nomi
direção: Shohei Tojo
roteiro: Noboru Sugimura

Em 6000 a.C., existia uma próspera e pacífica cidade no interior da China. Mas, uma seita chamada Goma, que controlava um poder mágico chamado Yu, atacou a cidade e só parou quando o povo se curvou diante deles.
Um grupo de 5 guerreiros se ergueram contra Goma, formando um grupo chamado Gosei Sentai Dairenja. E controlando a energia Qi (o principal poder benéfico do Taoismo), de fato eles conseguiram fazer frente a Goma.
Ninguém nunca soube ao certo como essa guerra acabou, mas tanto Dairenja quanto Goma deixam de ser mencionados a partir de um determinado ponto da História...
No final do século XX, Goma reapareceu no Japão tão repentinamente quanto tinha desaparecido na China. E agora com a intenção de escravizar toda a Humanidade.
Pra impedir isso, o misterioso Mestre Kaku consegue localizar 5 descendentes dos antigos membros de Dairenja. E vendo que todos eles herdaram o controle do Qi dos seus antepassados, ele forma um novo esquadrão Dairenja em 1993.
A guerra que começa a partir daí não é apenas entre Dairenja e Goma, mas também entre as energias Qi e Yu.

Gosei Sentai Dairenja se diferencia dos outros sentais por alguns detalhes do seu desenrolar...
O principal é a menor quantidade de monstros ocasionais: vários monstros aparecem em mais de 1 capítulo (na maioria dos sentais, os monstros quase sempre aparecem e morrem no mesmo capítulo e não voltam a aparecer depois).
Também podemos destacar a saída de alguns personagens fixos e a entrada de outros a qualquer momento do seriado (na maioria dos sentais, isso acontece mais de 15 em 15 capítulos, ou numa média próxima disso).
Aqui também não se dá tanta importância a 1 vilão específico. Cada vilão tenta pegar os heróis sozinho por várias vezes e os outros vilões fixos nem aparecem. Mas claro que eles também atacam juntos em várias ocasiões.
A história como um todo é mais séria. Mas também tem várias piadas bobas espalhadas pelo seriado todo.
Também vale lembrar que o ator Ryosuke Umizu (ou Ryosuke Kaizu, como é mais conhecido), que interpretou o Red Mask em Defensores da Luz Maskman (1987), faz uma participação aqui, como o monstro do capítulo 33.
Bom, talvez o que chame mais atenção em Dairenja é que várias cenas dele foram utilizadas como footage na 2ª temporada de Power Rangers (1994). Principalmente as cenas de luta entre os robôs e os monstros gigantes.
Enfim, foi quase a mesma coisa que já tinham feito com Kyoryu Sentai Jurenja (1992) no ano anterior. Só que menos.
É que os diretores e produtores de Power Rangers acharam a maioria dos vilões de Dairenja muito sem graça pra inspirarem novos vilões de Power Rangers. E em relação aos heróis, só aproveitaram algumas cenas do guerreiro branco do grupo, que passou a ser a armadura branca do personagem Tommy (isso explica por que muito menos cenas foram aproveitadas de Dairenja do que de Jurenja).
Apesar disso, a imagem do Mestre Ogro, vilão principal da 10ª temporada de Power Rangers (2002) foi inspirada na imagem do Imperador Goma XVI, o último vilão a lutar contra os heróis no último capítulo de Dairenja.
Pra encerrar, vou lembrar que os atores Tatsuya Nomi e Koji Naka, que interpretaram respectivamente os personagens Daigo e Kaku, faleceram recentemente (o Koji em 2015 e o Tatsuya em 2017).
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Dairenja:


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Até a próxima!

segunda-feira, 29 de maio de 2017

FRANKENSTEIN (versão de 1981)

título original: Kyofu Densetsu: Kaiki! Furankenshutain
título brasileiro: Frankenstein
ano de lançamento: 1981
país: Japão
produção: Toei Animeshon

No século XIX, o soberbo cientista Victor Frankenstein instalou um laboratório secreto num castelo abandonado da Inglaterra. E ali, ele criou uma espécie de múmia mutante de 3 metros de altura, considerada a obra prima dele.
Mas, quando ele dá os últimos toques pra trazer a criatura à vida, um raio cai na torre do castelo e acaba se descarregando por completo sobre a múmia, queimando as faixas de pano ao redor dela e deformando totalmente o corpo da criatura.
Apavorando com a aparência que o mutante adquiriu, o cientista foge dali, mandando o assistente dele resolver o problema (ele se considera importante demais pra se arriscar). E lutando contra o monstro, o homem acaba com o rosto deformado...
Voltando à fazenda da Alemanha onde mora com a família, o Victor fica sabendo de mortes misteriosas acontecendo nas redondezas e de pegadas enormes encontradas ao lado dos cadáveres. E conclui que o monstro, de alguma forma, seguiu ele até lá.
De fato, o mutante começou a atacar as fazendas vizinhas. Mas os camponeses que chegaram a ver ele nessas ocasiões confirmam que ele raramente fez alguma coisa além de roubar comida.
E o assistente do Victor se reaproxima dele, exigindo uma indenização pela forma como o rosto dele ficou depois da luta contra o monstro e querendo dinheiro pra ficar calado. E o que ninguém imagina: é ele quem tem matado pessoas e criado situações pra fazer parecer que foi o monstro.
Tal atitude vai despertar a ira dos fazendeiros vizinhos contra o monstro, envolvendo toda a Família Frankenstein numa tragédia estarrecedora...

Temos aqui um desenho animado de terror. Mas não pensem que vão ver aqui nada do estilo Turma da Mônica: no final, descobrem que o monstro é muito bonzinho e todo mundo tem um final feliz. Pelo contrário! Aqui ninguém acaba bem! E as cenas de violência não deixam a desejar a nenhum filme de terror com atores de carne e osso.
Bom, é um desenho japonês, né? E histórias japonesas, mesmo quando são feitas pra crianças, pegam mais pesado do que histórias ocidentais em termos de violência e de final infeliz.
Frankenstein até tem um clima infantil em algumas cenas. Mas eu não diria que foi feito pra crianças.
O monstro não é retratado como perverso em momento nenhum do desenho. Mas, sendo uma criatura assustada e em busca de comida pra sobreviver, essas condições levam ele a matar alguns personagens.
A aparência dele lembra bastante aquela clássica vista no filme de 1931, com o Boris Karloff interpretando a criatura.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Frankenstein:


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Até a próxima!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

KYORYU SENTAI JURENJA

título original: Kyoryu Sentai Jurenja
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1992
país: Japão
elenco principal: Aohisa Takayasu, Hideki Fujiwara, Reiko Chiba, Shiro Izumi, Takumi Hashimoto, Yuta Mochizuki
direção: Shohei Tojo
roteiro: Noboru Sugimura

Quem tem mais de 20 anos, vendo o pôster aí do lado, talvez diga:

“Ué! Mas os personagens que aparecem aí são os primeiros Power Rangers! O que é que eles tão fazendo aí?”

Bom, na verdade, quem questionar isso tá lendo a história de trás pra frente. Os primeiros Power Rangers é que foram inspirados nos personagens que aparecem nesse pôster, ou seja, os Jurenjas.
Em 1992, a companhia japonesa Toei Company foi responsável pelo seriado Kyoryu Sentai Jurenja. E em 1993, começando ali uma lucrativa sociedade com a Toei, a companhia estadunidense Saban Entertainment filmou várias cenas de um novo seriado nos Estados Unidos, com os heróis principais sendo interpretados por atores de lá e com temas muito simples e infantis. Depois, eles pegaram cenas com os vilões e personagens gigantes de Jurenja, dublaram todas essas cenas em Inglês com falas correspondentes ao que aparecia nesse novo seriado e acoplaram uma coisa à outra.
E o resultado dessa mistura foram as 3 primeiras temporadas de Power Rangers (1993, 1994 e 1995).
Então, Jurenja entrou pra História dos Seriados de Ação como o seriado responsável pelo lançamento de Power Rangers.
Quanto à história do seriado, apesar de ter algumas passagens mais tristes e sérias, é basicamente infantil (acho que o público-alvo que a Toei pretendia atingir eram crianças menores mesmo):

Há 170000000 de anos, no território que corresponde ao atual Japão, existia uma espécie de confederação de 5 reinos vizinhos, onde viviam juntos todos os tipos de animais pré-históricos das mais diferentes épocas.
Também viviam humanos ali, além de várias criaturas que hoje são consideradas lendárias e mitológicas, como os gnomos, os grifos, as lâmias, os trolls e os vampiros.
Um dia, esse território foi atacado pela feiticeira Bandora, que causou ali grande destruição. Mas foi derrotada e aprisionada junto com os súditos dela.
Mesmo assim, os antigos ficaram com medo de que ela voltasse um dia. E decidiram deixar um esquema preparado pra esse caso: cada um dos 5 reinos escolheu o seu melhor guerreiro pra ficar hibernando e só acordar se a Bandora voltasse um dia.
Eles são o espadachim vermelho Geki, o lenhador preto Goshi, o lanceiro azul Dan, o atirador de facas amarelo Boi e a arqueira rosa Mei. Em outras palavras, eles são o Esquadrão Pré-Histórico Jurenja.
Em 1992, a Bandora é acidentalmente solta de sua prisão junto com os súditos dela. E começa a atacar com os seus monstros dora (feitos de barro) ou com monstros de outras origens que ela vai escravizando aleatoriamente...
É hora dos heróis despertarem pra defender a Terra.

Bom, temos aqui muita aventura, muita comédia e um certo nível de ficção científica (embora a magia seja muito mais usada, tanto pelos heróis quanto pelos vilões).
Violência? Bem, as cenas de violência de Jurenja são mais fortes que as de Power Rangers. Mas nada que traumatize ninguém.rs
Com exceção dos irmãos Burai e Geki, nenhum personagem tem a sua história pessoal muito explorada.
O último capítulo é escancaradamente mais infantil do que todo o resto do seriado. Pra vocês terem uma ideia, na última cena vai ter gente montando numa nuvem e voando pro Céu pra ir morar com os deuses! E também vai ter gente que vai ser forçada a passar a morar numa tigela que vai ficar flutuando à deriva no espaço!
Contando, ninguém acredita, né? Mas se você chegar a ver o final do seriado, vai ver que eu não tô mentindo.
E não posso encerrar o post sem destacar a presença de alguns atores de Jurenja que são bem conhecidos pelos fãs brasileiros de seriados japoneses.
A hoje falecida Machiko Soga interpretou a Bandora. Mas ela já tinha interpretado a Hedorian de Denshi Sentai Denjiman (1980) e Taiyo Sentai Sanbarukan (1981), a Pandora de Spielvan (1986), Aracnin Morgana de Jiraiya, o Incrível Ninja (1988) e alguns monstros de Space Cop (1982) e Sharivan, o Guardião do Espaço (1983). E nas 2 primeiras temporadas Power Rangers, ela interpretou a Rita Repulsa.
A Ami Kawai interpretou a vilã Rami. Mas ela já tinha interpretado a Marshal de Jiban (1989). E nas 2 primeiras temporadas Power Rangers, ela interpretou a Scorpina.
E os atores Shiro Izumi e Takumi Hashimoto não apareceram em Power Rangers. Mas também são conhecidos no Brasil. O Shiro intepretou o Change Pegasus de Esquadrão Relâmpago Changeman (1985) e o Takumi interpretou o Manabu de Jiraiya.
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Até a próxima!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

JIBAN

título original: Kido Keiji Jiban
título brasileiro: Jiban
ano de lançamento: 1989
país: Japão
elenco principal: Jiko Enokida, Leo Meneghetti, Shohei Kusaka
direção: Keita Amemiya
roteiro: Shozo Uehara

Em 1989, repentinamente, o Japão começa a ser atacado por misteriosos monstros. E um igualmente misterioso policial robô aparece do nada, destrói as terríveis criaturas e vai embora sem deixar vestígios.
Isso é tudo o que o povo de Tókyo sabe.
Enquanto isso, os tais monstros, que são mutantes membros de uma organização criminosa chamada Baiolon, vão se fortalecendo cada vez mais, liderados por seu misterioso criador: um cientista chamado Jean-Marie.
Ao mesmo tempo, ninguém desconfia que o jovem policial Naoto, aparentemente tão bobão, é na verdade o Policial de Aço Jiban (sim: ele é a tal figura que todo mundo pensa que é um robô rs).
Auxiliado por uma menina de uns 10 anos, chamada Aiume, o Jiban obtém uma vitória atrás da outra em suas primeiras investidas contra Baiolon.
Mas a coisa vai ficar séria quando o Dr. Jean-Marie perceber que a Aiume sabe de alguma coisa sobre o herói e começar a visar a menina...

O gênero metal hero, lançado em 1982 com o seriado Space Cop, foi um dos mais bem sucedidos tipos de seriados de aventura voltados pra crianças e adolescentes que o Japão conheceu nos anos 80. E se propagou até o final dos anos 90, aí já passando por uma certa decadência.
A questão é que os sucessores oitenteiros de Space Cop seguiram basicamente a mesma linha lançada por ele, só com pequenas diferenças de um pro outro. E é claro que tiveram altos e baixos na audiência ao longo da década. Mas até hoje, quando se fala em “metal hero”, o que vem à mente da maioria das pessoas são exatamente esses, ou seja, Sharivan, o Guardião do Espaço (1983); Shaider, o Detetive do Espaço; Machineman (ambos de 1984); O Fantástico Jaspion (1985); Spielvan (1986); Metalder, o Homem-Máquina (1987); Jiraiya, o Incrível Ninja (1988); e, finalmente, Jiban.
Os que foram feitos depois disso, como Winspector (1990) e Solbrain (1991), começaram a seguir outros estilos e, na prática, acabaram virando outro tipo de seriado de aventura e se descaracterizando, o que provocou a decadência que eu disse.
Mas enfim: Jiban foi o que fechou a definição de metal hero nas condições em que esses seriados tinham sido lançados.
Dá pra ver que a história começa mais infantil (até pela presença da menina e do acesso direto do Naoto à família dela) e vai ficando mais dramática conforme vai avançando (com o Naoto passando a viver sozinho, procurando incessantemente pela amiga desaparecida, descobrindo segredos estarrecedores sobre o passado dele, tendo que lutar contra inimigos cada vez mais poderosos que vão aparecendo e sendo obrigado a se fortalecer cada vez mais).
Jiban também desperta uma certa curiosidade por trazer as 2 vilãs femininas mais fortes da História dos Metal Heroes: a Mado Garbo e a Rainha Cosmos.
A 1ª é a obra-prima do Jean-Marie, que criou essa mutante de aparência brutal e poderes quase ilimitados com a intenção única de destruir o Jiban. E a 2ª é uma extraterrestre que aparece lá pelo meio do seriado como um 3º poder da história, atacando tanto o Jiban quanto o Baiolon, já que ela quer se livrar desses 2 ‘obstáculos’ pra conquistar a Terra sozinha.
Jiban é ainda outro seriado que chama a atenção pro fato da Humanidade poluir não só os ares e os rios como também o próprio espaço, visto que os 2 vilões mais poderosos da história são mutantes que nasceram exatamente desses tipos de poluição.
E pra encerrar, vale lembrar que Jiban parece ter sido vagamente inspirado no filme estadunidense Robocop (1987), que tava na crista da onda da moda na época em que o seriado foi projetado.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Jiban:


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Até a próxima!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

UCHU KEIJI GYABAN ZA MUBI

título original: Uchu Keiji Gyaban Za Mubi
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 2012
país: Japão
elenco principal: Kenji Ohba, Yukari Taki, Yuma Ishigaki
direção: Osamu Kaneda
roteiro: Saburo Yatsude e Yuji Kobayashi

Em 1982, o Policial do Espaço Gaban lutou contra o grupo criminoso Maku, que pretendia dominar a Terra. E na batalha final, ele matou o terrível Don Rola, chefe da quadrilha, dando fim a Maku...
Passados 30 anos, um bando de novos criminosos espaciais, liderados pelo misterioso Lord Buraiton, decidem restaurar Maku. E pra isso, pretendem raptar uma terráquea, trazer de volta o espírito do falecido Don Rola e fazer ele reencarnar na mulher, pra assim assumir o poder sobre essa nova geração de Maku.
Pouco antes disso, um astronauta terráqueo chamado Geki, depois de sofrer um acidente com a nave dele, foi resgatado pela Polícia Espacial e treinado pra se tornar um policial espacial. E recebeu o cognome de Gaban.
Mandando à Terra pra enfrentar a nova geração de Maku, ele se mostra inepto pra fazer isso. E assim, a Polícia Espacial não tem outra alternativa a não ser mandar à Terra o antigo Gaban, pra que ele ajude o novato na missão dele...

Lançado pra comemorar os 30 anos de Space Cop (1982), Uchu Keiji Gyaban Za Mubi é um bom filme, no sentido de mostrar tudo o que se espera que ele mostre. E claro que com efeitos especiais bem mais elaborados do que nas primeiras produções em que o herói Gaban apareceu... Bom, 30 anos de diferença, né?
Claro que o filme deixa umas 2 ou 3 situações sem explicação. Mas isso até que passa batido.
Embora não tenha sido lançado comercialmente no Brasil, Uchu Keiji Gyaban Za Mubi pode ser facilmente encontrado até nos sites de vídeo mais famosos da Internet.
Várias partes do filme só vão ser compreendidas por quem chegou a ver o seriado dos anos 80 e suas 2 continuações, Sharivan, o Guardião do Espaço (1983) e Shaider, o Detetive do Espaço (1984). Mas quem não viu também não vai deixar de entender a história do filme, porque ela não chega a se aprofundar nesses detalhes.
E pros fãs de seriados japoneses dos anos 80 em geral, sem dúvida que a atração principal aqui é a presença do ator Kenji Ohba, que participou também de várias outras produções da época, como Denshi Sentai Denjiman (1980); Metalder, o Homem-Máquina (1987); e Jiraiya, o Incrível Ninja (1988).
Aliás, o Kenji deve dormir no formol: ele já tinha 57 anos quando gravou esse filme e participou de todas as cenas de ação, mostrando a mesma flexibilidade que tinha quando gravou o seriado de 1982!
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Uchu Keiji Gyaban Za Mubi:


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Até a próxima!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

JIRAIYA, O INCRÍVEL NINJA / NINJA OLIMPÍADA JIRAIYA

título original: Sekai Ninja Sen Jiraiya
títulos brasileiros: Jiraiya, o Incrível Ninja / Ninja Olimpíada Jiraiya
ano de lançamento: 1988
país: Japão
elenco principal: Masaaki Hatsumi, Megumi Sekiguti, Takumi Tsutsui
direção: Itaru Orita e Tetsuji Mitsumura
roteiro: Kenji Terada, Kunio Fuji e Susumi Takaku

No final do século IV a.C., um enigmático objeto chamado Pako caiu do Céu, sendo visto como um tesouro dado por seres superiores.
Quase 1 milênio depois, no início do século VII d.C., o Príncipe Shotoku Taishi, que na época governava o Japão, concluiu que Pako, devido a um ataque que tinha sofrido, não podia mais ficar em exposição. E assim, mandou enterrar o tesouro ao lado da estátua do deus Jirai, divindade da guerra, que deveria proteger o tesouro.
Depois disso, o príncipe desenhou numa tábua de barro um mapa da localização da estátua do deus.
Com o passar dos séculos, toda essa história foi sendo deturpada, a estátua do deus Jirai foi esquecida, as pessoas passaram a entender que a tábua revelava o paradeiro de Pako, cada um foi inventando a sua própria explicação sobre o que seria Pako... E no século XX, a tábua foi parar nas mãos do mestre ninja Tetsuzan Yamashi.
Nos anos 70, um discípulo traidor do Tetsuzan, chamado Dokusai, tentou roubar a placa (ele acreditava que Pako daria a ele poderes e riquezas pra dominar o Mundo). E lutando contra o vilão pra impedir isso, o velho acabou quebrando a placa em 2. E só guardou uma das metades, enquanto o Dokusai fugiu com a outra.
Em 1988, o Dokusai volta a atacar a família do Tetsuzan pra pegar a outra metade da placa. E pra impedir isso, o velho confia a salvação da família ao seu filho adotivo Toha, que assume o nome de guerra de Jiraiya.

Um dos seriados japoneses mais famosos que já foram exibidos no Brasil, Sekai Ninja Sen Jiraiya estranhamente foi lançado em terras brasucas com 2 nomes: na abertura, o narrador anunciava o seriado como Jiraiya, o Incrível Ninja; no encerramento, a voz do mesmo narrador anunciava o seriado como Ninja Olimpíada Jiraiya. Sério mesmo!
Com um nível de humor mais acentuado que seu antecessor Metalder, o Homem-Máquina (1987), que tinha sido considerado sério e dramático demais, Jiraiya trouxe algumas inovações pro subgênero ‘metal hero’: os personagens são quase todos humanos terráqueos (o herói não tem que lutar contra nenhum exército de robôs guerreiros nem contra dezenas de mutantes criados em laboratório); o vilão principal frequentemente vai ao campo de batalha pra lutar pessoalmente contra os heróis; os vilões não têm uma base, mas sim um simples acampamento que fica mudando de um lugar pro outro...
Mas também tem, em menor quantidade, características clássicas de metal heroes: 1 ‘cyborg-mutante’ criado em laboratório, 1 monstro gigante, uns poucos aliens e o herói principal destruindo os vilões com sua espada laser.
Também vemos aqui uma certa influência dos sentais: o herói principal com uma armadura vermelha, vários heróis com armaduras de cores diferentes que vão se juntando a ele ao longo do seriado (principalmente a irmã dele, que usa uma espécie de versão feminina da armadura dele em cor branca)...
Claro que eu não tô dizendo que Jiraiya é um sentai, do mesmo peso e da mesma medida que Esquadrão Relâmpago Changeman (1985), por exemplo. Mas que teve uma certa influência... Alguém pode dizer que não teve?
Também vale destacar aqui a presença de atores famosos de seriados japoneses de aventura dos anos 80, como o Junichi Haruta, a Machiko Soga (elenco fixo), o Kazuoki Takahashi e o Kenji Ohba (participações especiais).
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Jiraiya:


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Até a próxima!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

METALDER, O HOMEM-MÁQUINA

título original: Chojinki Metaruda
título brasileiro: Metalder, o Homem-Máquina
ano de lançamento: 1987
país: Japão
elenco principal: Hiroko Aota, Kazuoki Takahashi (creditado aqui como Hiroshi Kawai), Seiko Seno (creditado aqui como Akira Seno)
direção: vários diretores da Toei Company
roteiro: Shozo Uehara

Quem já se informou um mínimo que seja sobre Machineman (1984) sabe que esse seriado foi uma tentativa da Toei de conquistar um público mais jovem. Ou seja, era um metal hero feito pra crianças entre 5 e 6 anos, enquanto os outros metal heroes lançados até ali eram pra pré-adolescente ou mesmo adolescentes.
Em 1987, seguindo na contramão do que tinham feito com Machineman, a Toei decidiu lançar um metal hero mais voltado pro público adulto. E assim foi criado Metalder, o Homem-Máquina.
Mais pensativo e menos brincalhão que seus antecessores, o herói aqui luta contra um vilão igualmente mais sério e mais inteligente do que o comum, que não perde tempo fazendo babaquices como dar sustos em crianças e adjacências.
Quanto ao roteiro:

Em 1944, o cientista japonês Ryuichiro Koga perdeu seu único filho numa das batalhas da 2ª Guerra Mundial. E pra se vingar dos americanos e ao mesmo tempo proteger o Japão com uma arma infalível, ele criou um androide à imagem e semelhança do filho dele, chamado Hideki Kondo, que, quando se enfurece, se transforma num robô guerreiro chamado Metalder.
Mas, como era um pacifista, o cientista logo depois concluiu que o que ele tava fazendo era errado. E depois de reprogramar o robô pra fins mais pacíficos, acabou nem sequer ativando ele e deixando ele num laboratório secreto.
Na mesma época, um coronel do Exército Japonês chamado Issao Muraki, que também era um cientista e amigo do Ryuichiro, ajudou ele inicialmente no ‘Projeto Metalder’. Mas ele começou a usar ilegalmente prisioneiros de guerra como cobaias pra fazer experiências.
Quando o Ryuichiro descobriu isso, cortou relações com ele. Mas, em 1987, ao buscar informações sobre o ex amigo, acabou descobrindo uma organização secreta criminosa chamada Império Neroz...
Com as novas informações que foi encontrando, o Ryuichiro não viu outra saída: tinha que ativar o Metalder pra que ele destruísse o Império Neroz.
Mas, chegando ao laboratório onde tinha deixado o robô, ele viu que tava sendo seguido por guerreiros do Império Neroz. E pra manter o laboratório escondido, saiu dali e se deixou localizar pelos vilões, sendo morto por eles segundos depois.
Vendo a situação, o Metalder entrou em ação. Mas, apesar de mostrar que tinha grandes poderes de ataque, ele não sabia usar nenhum deles direito, sendo derrotado pelos inimigos nessa 1ª luta.
Ele logo vai se aprimorar nas lutas. Mas ainda vai demorar muito tempo pra ele descobrir qual é a relação entre o criminoso de guerra Issao Muraki e o Império Neroz...

Pouco lembrado no seu país de origem devido ao sucesso superficial que fez por lá (ao contrário do que a Toei esperava, o público adulto não deu muita bola pro seriado e o público infantil também não se interessou, já que a temática era adulta demais), Metalder também não foi lá essas coisas em termos de audiência quando foi exibido na TV aberta do Brasil. Até porque foi exibido pela Bandeirantes, que nunca se lixou muito pra seriados japoneses de aventura, usando eles como meros tapa-buracos na programação.
Mas, como aconteceu com outros programas do mesmo tipo, ele conquistou uma legião de fãs em anos recentes, graças à Internet.
Realmente, temos poucos pontos negativos pra destacar aqui. Só uma bizarrice ou outra (como o desaparecimento sem explicação de alguns vilões fixos).
Vale lembrar que Metalder contou com a presença de nomes consagrados dos seriados japoneses de aventura dos anos 80.
Teve participações especiais dos atores Hiroshi Watari, Junichi Haruta e Kenji Ohba e da atriz Hiroko Nishimoto.
E o ator Kazuoki Takahashi fez parte do elenco fixo do seriado, trazendo um toque de mais humor pra história (antes da chegada do personagem dele, o seriado tava ‘seco’ demais).
Todos eles também tiveram presentes nos seriados Denshi Sentai Denjiman (1980); Gigantes Guerreiros Goggle Five; Space Cop (ambos de 1982); Sharivan, o Guardião do Espaço (1983); Esquadrão Relâmpago Changeman; O Fantástico Jaspion (ambos de 1985); Comando Estelar Flashman; Spielvan (ambos de 1986); Jiraiya, o Incrível Ninja; e Cybercops, os Policiais do Futuro (ambos de 1988).
Também vale lembrar que Metader teve várias cenas reutilizadas como footage quando foi lançado o seriado estadunidense VR Troopers (1994).
Bom, posso recomendar Metalder a fãs de metal heroes em geral. Mas lembrando que ele tem um formato mais sério do que o comum.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o seriado:


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Até a próxima!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

TAIYO SENTAI SAN BARUKAN

título original: Taiyo Sentai San Barukan
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1981
país: Japão
elenco principal: Asao Kobayashi, Kinya Sugi, Ryusuke Kawasaki, Takayuki Godai
direção: Shohei Tojo
roteiro: Shozo Uehara

Denshi Sentai Denjiman (1980) fez um grande sucesso no Japão na época em que foi lançado. Afinal, no início dos anos 80, sentais ainda eram novidade. E ainda traziam situações vistas como ‘inovações’.
Querendo pegar uma carona na audiência do seriado, a Toei Company, responsável pela produção dele, resolveu lançar uma continuação no ano seguinte, dando ao novo seriado o nome de Taiyo Sentai San Barukan... Só que essa continuação não foi tão ‘continuação’ assim.rs
É que a ideia inicial era trazer de volta em San Barukan todos os personagens principais sobreviventes de Denjiman. Mas quase todos os atores que interpretaram esses personagens já tavam ocupados com outros projetos. A única atriz que tava disponível era a hoje falecida Machiko Soga, que interpretou a vilã principal Hedorian. E assim, ela foi a única que trabalhou em Denjiman e voltou em San Barukan, interpretando a mesma personagem.
Conclusão: os personagens principais tiveram que ser outros, o tema principal teve que ser outro... Mas o ‘estilo sentai’ foi mantido, é claro.
Quanto à história:

Durante uma reunião da ONU, um misterioso cyborg aparece ali como holograma. Ele diz que se chama Heru Satan e é o chefe de uma organização cibernética chamada Buraku Maguma. E a partir daquele dia, ele vai iniciar a conquista da Terra!
Ao ouvirem essa mensagem, os membros da ONU são unânimes na decisão de criar um grupo de resistência, recrutando pra isso 3 rapazes que já trabalham pra serviços secretos da ONU. E assim, formam o esquadrão San Barukan, pra enfrentar Buraku Maguma.
Poucas batalhas depois, o Heru Satan chega à conclusão de que ele tem que se fortalecer também. E localizando o cadáver da Rainha Hedorian (que ao fugir de seus antigos inimigos foi se refugiar no Polo Norte e acabou morrendo congelada por lá), ele decide ressuscitar ela como cyborg, pra que ela ajude ele a se livrar dos heróis.

Daí pra frente, é basicamente aquele desenvolvimento comum de sentais que todo mundo conhece.
Além da Machiko Soga, outra atriz que aparece aqui (como a vilã Amazon Kira) e não é estranha ao público brasileiro é a Yukie Kagawa, que pouco depois interpretaria a vilã Kilmaza, no Fantástico Jaspion (1985).
Uma coisa que podemos destacar em termos de inovação é que San Barukan foi o 1º sentai com um robô gigante que é formado pelos veículos dos heróis quando se juntam (e isso virou um suuuuuuuuuuper clichê de sentais dali pra frente).
Também foi o 1º sentai a ter só 3 guerreiros (na verdade, ao todo, 4 guerreiros passam pelo grupo, mas os 4 nunca aparecem lutando juntos) e o 1º a ter só homens no grupo... E dependendo do ponto de vista, o único.
Acontece que Bricrossers (1985) também mostrou um grupo só com guerreiros homens. Mas tem gente que considera Bricrossers um sentai e também tem muita gente que diz que ele não é um sentai.
Então, se você faz parte desse último grupo, você pode considerar San Barukan como o único sentai que teve só homens no grupo: nenhum outro sentai além de San Barukan (com a possível exceção de Bicrossers) teve só membros masculinos (em todos os outros, no mínimo 1 dos membros do grupo de guerreiros é mulher).
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre San Barukan:


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Até a próxima!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DENSHI SENTAI DENJIMAN

título original: Denshi Sentai Denjiman
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1980
país: Japão
elenco principal: Akira Koizumi, Eichi Tsuyama, Kenji Ohba, Naoya Uchida, Shinichi Yuki
direção: Koichi Takemoto e Shigeo Hirota
roteiro: Shozo Uehara

Sentais são seriados de aventura produzidos no Japão desde meados dos anos 70 (o 1º, Himitsu Sentai Gorenja, é de 1975). E assim, é claro que no início dos anos 80 eles ainda tavam numa fase meio pioneira, situações que depois se tornariam clichês de quase todos os outros sentais ainda eram apresentadas ali como novidades... Bom, levando isso em conta, Denshi Sentai Denjiman trouxe inovações pra esse subgênero das produções de aventura.
É claro que, vendo esse seriado sob a ótica de hoje, não observamos nada fora do comum e nos parece até uma coisa bastante ultrapassada. Mas, pra época, ele mostrou algumas novidades: Denjiman foi o 1º sentai com uma nave que se transforma em robô gigante (e vice-versa rs), foi o 1º sentai a ter uma personagem feminina como vilã principal (coisa que até hoje é rara) e foi o 1º sentai a ter uma continuação (Taiyo Sentai San Barukan, lançado em 1981).
A história é bastante simples:

Há milênios atrás, existia mais um planeta no nosso sistema solar, chamado Denji. Mas, no ano 2000 a.C., a Rainha Hedorian, governante de uma dimensão paralela chamada Beda, decidiu destruir esse planeta...
Acontece que os habitantes de Beda odeiam a beleza e passam o tempo destruindo objetos belos e matando pessoas e animais que consideram belos. E como Denji era o planeta mais lindo que eles encontraram...
Alguns habitantes de Denji conseguiram fugir e se mudar pro planeta mais próximo dali: a Terra. E trouxeram com eles suas armas e veículos, assim como um cachorro-robô, que servia como guardião desses apetrechos.
Em 1980, Beda conclui que o planeta mais lindo do Universo é a Terra... Antevendo o que vai acontecer, o cachorro-robô recruta 5 jovens pra lutar contra Beda e proteger a Terra, entregando a eles as armas e veículos de que dispunha e assim criando o esquadrão Denjiman.

E é basicamente isso. Porque a história apresenta poucas evoluções até o capítulo 49, quando finalmente vemos outras situações além dos heróis lutando contra um monstro assimétrico diferente a cada capítulo e matando o bicho no final.
No capítulo 37, chega um novo vilão fixo: o Rei Demônio Banriki. Mas, apesar da entrada triunfal nesse capítulo, depois disso ele passa o tempo comendo e dormindo num sofá no palácio dos vilões! Só no capítulo 49, como eu disse, é que ele bota as manguinhas de fora e mostra a que veio.
Bom, vale a pena assistir Denjiman pra conhecer ou se você for fã de sentais ou seriados de aventura em geral (levando em conta que os efeitos especiais que você vai ver são do início dos anos 80, né?).
Vale destacar aqui a presença de 3 atores relativamente conhecidos no Brasil: o Kenji Ohba, que protagonizou Space Cop (1982) e também apareceu em Detetive Espacial Sharivan (1983), Metalder (1987) e Jiraiya (1988); a falecida Machiko Soga, que também apareceu em Space Cop, Sharivan, Spielvan (1986) e Jiraiya, dublou o bonequinho Ball-Boy no áudio original de Machineman (1984) e interpretou a Rita Repulsa na 1ª temporada de Power Rangers (1993); e a Chiaki Kojo, que interpretou a Lady M em Machineman.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o seriado:


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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

JASPION 2 / SPIELVAN

título original: Jiku Senshi Supiruban
títulos brasileiros: Jaspion 2 / Spielvan
ano de lançamento: 1986
país: Japão
elenco principal: Hiroshi Watari, Jun Takanomaki (creditada aqui como Makoto Sumikawa), Naomi Morinaga
direção: Makoto Tsuji, Michio Konishi, Takeshi Ogasawara, Yoshiaki Kobayashi
roteiro: Shozo Uehara

Planeta Clean. Ano 12000 (pelo calendário vigente ali).
Um biólogo chamado Paul procura a explicação pra estranha poluição que as águas do planeta vêm sofrendo. Mas um dia, estranhas criaturas invadem a casa dele e raptam ele, levando também a filha dele, chamada Hélen, como refém.
Sob a mira das armas dos raptores, a esposa dele e o filho mais novo, chamado Spielvan, nada podem fazer. E ainda são obrigados a abandonar o planeta numa nave gigante, junto com os poucos sobreviventes do ataque daquelas criaturas...
Eles acabam descobrindo que as criaturas que raptaram o Paul e a Hélen e atacaram o Planeta Clean são o Império Water, uma sociedade criminosa que viaja de planeta em planeta atrás de águas limpas pra manter vivo um parasita chamado Water, que eles acreditam ser um deus: nas águas onde o Water se instala, se forma um plâncton pestilento que polui toda a água daquele planeta, forçando ele a se mudar pra outro planeta e começar ali o mesmo processo.
A nave em que o povo de Clean escapou ficou avariada durante a fuga e, depois de um tempo, dá sinais de que vai explodir em breve, além dos suprimentos já começarem a se aproximar do fim. E assim, como as únicas crianças sobreviventes são o Spielvan e uma menina chamada Diana, todos concordam em embarcar os 2 numa nave menor ancorada ali e mandar eles garantirem a sobrevivência da espécie de Clean.
Claro que, além disso, eles têm que procurar o Império Water, destruir esses vilões pra vingar a destruição de Clean e salvar outros planetas de terem o mesmo destino no futuro e tentar resgatar o Paul e a Hélen.
E passados 12 anos de viagem, o Spielvan e a Diana (agora com 20 e 18 anos) encontram a pista do Império Water, que tá se dirigindo pra Terra, onde pretende se fixar por causa do excesso de água do planeta!
Ou seja: várias lutas vão ter o nosso planeta como palco...

Spielvan foi um dos últimos seriados japoneses de aventura lançados pela extinta Rede Manchete, que no final dos anos 80 e início dos 90 era uma espécie de ponto de encontro dos programas desse tipo no Brasil.
Embora na própria abertura do seriado ele fosse anunciado com o nome de Spielvan, a Manchete anunciava ele durante os intervalos comerciais com o título marketerio de Jaspion 2, querendo pegar carona no sucesso do Fantástico Jaspion (1985), o carro-chefe da programação infanto-juvenil da emissora na época. Mas apesar de Spielvan ter sido produzido pela Toei assim como Jaspion e de ter sido gravado no ano seguinte a ele, um seriado não tem nada a ver com o outro em termos de história.
Outra coincidência é que o herói principal e personagem-título de Spielvan foi interpretado pelo ator Hiroshi Watari, que tinha interpretado o herói Boomer-Man em Jaspion.
Também vale destacar aqui a presença da falecida Machiko Soga, interpretando a vilã Pandora, já que a atriz foi presença constante em seriados de aventura dos anos 80 gravados no Japão.
Spielvan é uma mistura de metal hero com sentai, já que não mostra só 1 rapaz de armadura lutando contra vilões com superpoderes, mas sim um pequeno grupo de jovens guerreiros fazendo isso (característica de sentai). Mas a figura principal da história é o rapaz em questão e é ele que destrói os vilões com os golpes mortais dele (característica de metal hero).
Então, esse seriado vai agradar basicamente a fãs desses 2 subgêneros.
É mais dramático do que a maioria dos programas desse tipo, mas tem lá umas pinceladas de comédia.
O principal ponto negativo de Spielvan foi o último capítulo que ninguém entendeu direito... Na verdade, o próprio Hiroshi Watari já declarou em mais de 1 entrevista que nem ele entendeu direito!
Pra encerrar, vale lembrar que Spielvan foi um dos seriados que inspiraram V.R. Troopers (1994). E teve até algumas de suas cenas reaproveitadas em Troopers como footage, assim como aconteceu com Shaider, o Detetive do Espaço (1984).
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Spielvan:


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segunda-feira, 30 de junho de 2014

BICROSSERS

título original: Kyodai Ken Baikurossa
título brasileiro: Bicrossers
ano de lançamento: 1985
país: Japão
elenco principal: Kenji Ushio, Tetsu Kaneko, Yuki Tsuchiya
direção: diretores da Toei Company (sem registro de nome em sites confiáveis)
roteiro: Shotaro Ishinomori

Em tempos que já vão longe, um deus de outro planeta, chamado Pégasus, previu que, num certo momento do final do século XX, a Terra correrá um grande perigo. Mas nascerão 2 homens no Japão, um em 01 de Janeiro de 1965 e outro em 02 de Fevereiro de 1968, que salvarão o planeta da ruína unindo suas forças.
A 1ª parte da profecia do deus se cumpriu quando um menino chamado Ken Mizuno nasceu em 01 de Janeiro de 1965, ganhando um irmão chamado Ginjiro Mizuno em 02 de Fevereiro de 1968.
E em 1985, um cientista especialista em robótica identificado apenas como Doutor Q, obcecado por aumentar a sua já enorme coleção de diamantes, se apodera de uma estátua mágica possuída por um demônio pra conseguir isso: quando ouve o choro de humanos (principalmente de crianças), a estátua cospe diamantes. E assim o Doutor Q usa seus robôs pra assustar e ferir crianças, pra fazer com que elas chorem e façam a estátua cuspir novas peças pra coleção de diamantes dele.
Pra tentar resolver o problema, o deus Pégasus confere poderes, armas e armaduras aos Irmãos Mizuno.
A coisa fica pior algum tempo depois, quando a estátua endemoniada é substituída por um computador guerreiro possuído por um demônio mais poderoso ainda do que o outro. E o Doutor Q abandona sua obsessão por diamantes e se une a esse demônio pra dominar a Terra!
E assim se cumpre a 2ª parte da profecia do deus.
Chegou a hora dos Irmãos Mizuno unirem todos os poderes que receberam do deus Pégasus pra salvar a Terra...
Eles são os Bicrossers.

Não é preciso se informar muito sobre Machineman (1984) pra saber que se trata de um metal hero que tinha como público-alvo crianças pequenininhas (por volta de 5 ou 6 anos), já que os metal heroes anteriores eram voltados pra um público-alvo um pouquinho mais velho do que isso. Só um pouquinho, hein!rs
Como a coisa deu certo, a Toei decidiu lançar logo depois um sentai também voltado pra crianças menores, seguindo os mesmos passos que tinha dado com Machineman. E assim, em 1985, ao lado de Esquadrão Relâmpago Changeman e O Fantástico Jaspion (considerados, no Brasil, os 2 maiores clássicos entre os seriados japoneses dos anos 80), a Toei lançou Bicrossers.
Sendo voltado pro público mirim-mirim, claro que se trata de um sentai bem simplificado comparado com os outros: só tem 2 guerreiros no grupo dos heróis (na maioria dos sentais tem cerca de 5), não tem vilões mandando monstros gigantes destruírem Tókyo, não tem heróis usando um robô gigante pra lutar contra esses monstros...
Aliás, as cenas de violência foram bastante reduzidas aqui (assim como em Machineman, em Bicrossers os heróis só destroem robôs guerreiros, mas não matam nenhum ser vivo), ao mesmo tempo em que as cenas cômicas foram intensificadas.
Pelo menos na 1ª metade do seriado, os vilões são bastante abobalhados e fazem muito mais babaquices do que perversidades. Mas dá pra ver que, do meio do seriado pra frente, tentaram dar um clima um pouquinho mais sério à história. Inclusive botaram o Doutor Q usando um vestuário relativamente menos ridículo.
Por falar aí no cientista meio doido das ideias, vejam que a tentativa de imitar Machineman foi tão forte que botaram um vilão principal com um nome que lembra bastante os nomes dos vilões principais de Machineman (Professor K e Lady M).
Ambas foram produções de baixo custo. Mas dá pra ver que Bicrossers recebeu um pouquinho mais de investimento do que Machineman (os efeitos especiais são melhores, o cenário da base dos vilões é mais bem elaborado, os robôs são representados por fantasias diferentes e não pela MESMA fantasia escancaradamente reaproveitada a cada capítulo...).
Bicrossers foi exibido pela Globo no início dos anos 90, mas só por um breve período. Por isso é um dos seriados desse tipo já exibidos no Brasil do qual menos brasileiros se lembram.rs
Bom, posso recomendar esse seriado a fãs de sentais em geral. Mas é claro que você vai ter que assistir sob uma ótima bem mais infantil do que o comum.rs
Clique aqui pra ver mais informações sobre Bicrossers:


E clique aí do lado em ‘seriados’ que você acha posts sobre Changeman, Jaspion e Machineman.
Até a próxima!