Mostrando postagens com marcador produções mexicanas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador produções mexicanas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 16 de julho de 2018

O LABIRINTO DO FAUNO

título original: El Laberinto del Fauno
título brasileiro: O Labirinto do Fauno
ano de lançamento: 2006
países: Espanha / Estados Unidos / México
elenco principal: Ivana Baquero, Maribel Verdú, Sergi López
direção e roteiro: Guillermo del Toro

Com o fim da Guerra Civil Espanhola, os poucos rebeldes que ainda existem vivem escondidos nas florestas e montanhas, usando suas últimas forças pra derrubar o Franquismo, a ditadura que se instalou.
Um capitão franquista chamado Vidal vive num moinho no meio de uma dessas florestas, que ele agora usa como base, sem desconfiar que a empregada Mercedes é uma espiã rebelde. E perto dali fica um misterioso labirinto, aparentemente construído na época do Império Romano, onde ninguém entra, com medo de se perder.
Uma viúva acabou de se casar com ele. E ela tem uma filha do 1º casamento, chamada Ofelia, que é fã de contos de fada.
Indiferente a isso, o Vidal continua praticando atos de sadismo contra os rebeldes capturados.

A partir desse ponto, O Labirinto do Fauno pode ser assistido de 2 formas diferentes, já que a Ofelia começa a enxergar vários seres sobrenaturais que só ela vê. E um deles, o Fauno, diz que ela é a reencarnação de uma princesa encantada. E que dentro do labirinto existe uma passagem pra ela ir pro antigo reino dela. Mas, pra fazer isso, antes ela tem que cumprir 3 provas, que só vão ser reveladas a ela no momento de serem cumpridas.
Então, como 1ª possibilidade, podemos entender que tudo o que aparece é mesmo real, embora só a Ofelia veja (o filme insinua isso em algumas cenas, como quando ela consegue escapar do quarto onde tava trancada com a ajuda do Fauno); ou, como 2ª possibilidade, podemos entender que era só imaginação dela, como uma fuga do ambiente em que ela vivia (o filme também insinua isso em algumas cenas, como quando o Vidal encontra ela no labirinto falando sozinha enquanto ela se via falando com o Fauno).
Na verdade, O Labirinto do Fauno tem várias metáforas e mensagens subliminares. E dando um passeio aí pela Internet, você encontra vários sites fazendo dissertações enormes sobre cada cena do filme.
É interessante lembrar que, embora a gente veja aqui seres sobrenaturais e cenas de violência fortes, quem comete os atos mais aterrorizantes não são os seres sobrenaturais (com uma certa exceção em relação ao monstro que fica sentado à mesa do banquete), mas sim os vilões humanos do filme.
Sobre a produção, os efeitos especiais são ótimos.
O Labirinto do Fauno foi todo filmado na Espanha, embora algumas partes da produção tenham sido no México e nos Estados Unidos.
Foi o filme que ganhou mais prêmios em 2006.
Uma coisa pouco comentada é que a canção de ninar entoada por alguns personagens durante o filme parece ter sido inspirada no tema de um filme de terror de 1972 chamado The Legend of  Boggy Creek. E eu acredito que não tenha sido exatamente por acaso.
Vou deixar a tradução aqui pra explicar o que eu quero dizer:

Lonely Cry

É aqui que a história acontece
Um mundo que raramente olhamos
Uma página do livro dos dias passados
Aves, feras, vento e água
Aqui abaixo do Céu azul brilhante
Nenhum homem embaça a visão da águia
E coisas que rastejam, nadam, voam,
Alimentam-se, reproduzem-se, vivem e morrem
Aqui o fluxo do rio de enxofre
Segue enquanto a nuvem de tempestade sopra
É pra esse lugar que a criatura vai
Segura dentro de um mundo que ela conhece
Talvez ela vagamente se pergunte:
“Por que não há outro como eu?
Pra eu tocar e amar antes de morrer?
Pra ouvir meu choro solitário?”
(Earl E. Smith)

A letra dessa música descreve mais ou menos a situação da Ofelia, né?
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre O Labirinto do Fauno:


Até a próxima!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

EL LADRON DE CADAVERES

título original: El Ladrón de Cadáveres
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1957
país: México
elenco principal: Carlos Riquelme, Columba Domínguez, Wolf Ruvinskis
direção: Fernando Méndez
roteiro: Alejandro Verbitzky e Fernando Méndez

No final dos anos 50, um fato estranho começou a ocorrer no México: vários atletas começaram a morrer subitamente, os cadáveres desapareciam logo depois e eram encontrados poucos dias depois com a cabeça aberta e sem cérebro!
Sem saber como resolver o caso, o policial Carlos traça um plano junto com um amigo dele, chamado Guillermo: como o Guillermo é um esportista, ele vai passar a se apresentar (sendo observado de perto pela polícia) com uma máscara e se identificar com o nome artístico de Vampiro pra tentar atrair o criminoso que tá fazendo isso e capturar ele.
Enquanto isso, ninguém percebe que o criminoso em questão tá muito mais perto do que eles pensam, disfarçado de vendedor de bilhetes de loteria e rondando os lugares onde atletas se reúnem. Ele é um cientista louco. E rouba os cadáveres de homens mais fortes do que o comum pra implantar neles cérebros de chimpanzés, com a intenção de ressuscitar eles como mutantes com superforça. Mas as experiências dele sempre falharam. E agora ele quer implantar o cérebro de um gorila no próximo cadáver que vai roubar pra ver se funciona.
E assim que vê o Guillermo, ele realmente se interessa por usar ele nessa experiência...

Aparentemente, El Ladrón de Cadáveres tentou fundir as histórias de Frankenstein (1931) e King Kong (1933). Sendo mais específico, as primeiras cenas do filme lembram bastante as primeiras cenas de Frankenstein, enquanto as últimas lembram bastante as últimas cenas de King Kong.
A história é relativamente simples. Mas o terror propriamente dito só começa lá por volta dos últimos 20 minutos do filme. Antes disso, ele funciona mais como um filme policial (fica mais ou menos 1 hora só com o tema ‘polícia tentando identificar e prender bandido e falhando’) com alguns toques simples de ficção científica.
Assim, eu não indicaria El Ladrón de Cadáveres pra quem gosta mais de histórias de ação. Mas talvez ele agrade a quem gosta de mistério.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


E dê uma clicada aí do lado que você acha um post sobre Frankentein.
Até a próxima!

segunda-feira, 3 de julho de 2017

DO FUNDO DO MAR

título original: Deep Blue Sea
título brasileiro: Do Fundo do Mar
ano de lançamento: 1999
países: Estados Unidos / México
elenco principal: L. L. Cool J., Saffron Burrows, Thomas Jane
direção: Renny Harlin
roteiro: Donna Powers, Duncan Kennedy e Wayne Powers

Num laboratório submarino chamado Aquatica, um grupo de cientistas tem trabalhado em experiências pra combater o mal de alzheimer. E eles procuram fazer os cérebros dos tubarões crescerem, pra extrair células dali que podem ser usadas nessas experiências.
Mas 3 desses tubarões tão sendo usados como cobaias pra ver se é possível avançar mais ainda com as experiências. O cérebro desses foi aumentado 5 vezes além do tamanho normal. Só que um deles sofreu um efeito colateral e o corpo todo dele ficou com cerca de 15 metros, o triplo do tamanho de um tubarão normal...
Como um dos tubarões fugiu recentemente (mas foi recapturado logo depois), o patrocinador das experiências, chamado Russell, fica em dúvida se vale a pena continuar investindo dinheiro nisso. E a cientista-chefe Susan decide convidar ele pra passar um fim de semana em Aquatica pra tirar qualquer má impressão que tenha ficado.
Mas a impressão que ele vai ter daqui pra frente vai ser bem pior do que a que teve até agora: os 3 tubarões que tiveram os cérebros aumentados desenvolveram uma capacidade de raciocínio superior à dos humanos! E conseguiram inundar os corredores do laboratório, podendo agora entrar ali nadando e perseguir ferozmente toda a equipe que trabalha em Aquatica!

Do Fundo do Mar chama a atenção antes de mais nada por trazer o Samuel L. Jackson, um dos grandes astros hollywoodianos, num papel secundário. E ele disse que aceitou fazer o filme mais por diversão, já que era amigo do diretor.
Também não podemos deixar de destacar cenários bem cuidados e a história mais séria do que o comum num filme de terror de tubarões, que dão uma certa dignidade ao filme.
Como curiosidade, podemos lembrar que nenhuma das personagens femininas principais se salva, o que é bastante raro num filme de terror. Mas isso foi meio por acaso... No roteiro original, a Susan deveria sobreviver, mas o diretor concluiu que a personagem merecia morrer, já que foi ela que causou todo o caos visto aqui.
Do Fundo do Mar consegue agradar ao mesmo tempo os fãs de terror, ficção científica e aventura. Então, se você curte qualquer um desses gêneros, vale a pena ver.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


Até a próxima!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O ESCORPIÃO NEGRO

títulos originais: El Escorpión Negro / The Black Scorpion
título brasileiro: O Escorpião Negro
ano de lançamento: 1957
países: Estados Unidos / México
elenco principal: Carlos Rivas, Mara Corday, Richard Denning
direção: Edward Ludwig
roteiro: David Duncan, Paul Yawitz e Robert Blees

No interior do México, um vulcão entra em erupção com uma força nunca vista antes.
Os cientistas Arturo e Hank viajam pela região, investigando a situação. E além de ouvirem um estranho rugido vindo das proximidades, também encontram alguns povoados destruídos. Mas não pelo vulcão... Pelas marcas deixadas, a devastação ali parece ter sido causada por um animal muito grande, muito forte e muito feroz!
Eles não demoram a fazer amizade com a fazendeira Teresa, dona daquelas terras. E durante uma visita à fazenda dela, a residência é atacada por um escorpião gigante, que só sai dali depois de causar grande destruição!
Diante disso, o Arturo, o Hank e a Teresa se juntam a outros cientistas e às autoridades locais pra tentar localizar e destruir o monstro. E acabam encontrando uma profunda cratera ao lado do vulcão, aberta pelas recentes erupções.
Tudo demonstra que o escorpião gigante é uma criatura subterrânea que conseguiu subir pra superfície através daquela cratera. E assim, o Arturo e o Hank vão ter que descer até lá pra tentar resolver o problema.
Mas não vão demorar a descobrir que aquele escorpião não é único monstro gigante que vive ali...

Produzido nos Estados Unidos, O Escorpião Negro teve todas as suas cenas gravadas no México.
É um bom filme, se comparado aos seus ‘colegas’ feitos na mesma época e com o mesmo tema (não se esqueçam de que os filmes de monstros gigantes nos anos 50 eram tão comuns quanto os slashers que se passavam em clubes e colônias de férias nos anos 80).
Dá pra ver que botaram lá umas cenas e personagens secundários só pra encher linguiça, mas isso até que passa meio despercebido.
Pra supervisionar os efeitos especiais do Escorpião Negro, eles chamaram o Willis H. O’Brien, que tinha feito o mesmo trabalho em King Kong (1933). E ele pegou algumas cenas curtas de monstros gigantes que não tinham sido aproveitadas em King Kong e usou aqui, na parte em que os heróis descem à cratera e encontram vários tipos diferentes de aracnídeos e insetos monstruosos.
Pra todos os fãs de filmes de aventura e de filmes de monstros gigantes, vale a pena ver esse aqui. Levando em conta, é claro, que se trata de um filme de 60 anos e feito com os efeitos especiais de 60 anos atrás.
Clique aqui pra ver mais informações sobre O Escorpião Negro:


Até a próxima!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O PREDADOR



título original: Predator
título brasileiro: O Predador
ano de lançamento: 1987
países: Estados Unidos / México
elenco principal: Arnold Schwarzenegger, Elpidia Carrillo, Kevin Peter Hall
direção: John McTiernan
roteiro: Jim Thomas e John Thomas

“El Diablo Cazador de Hombres.” Assim os índios guatemaltecas se referem a uma misteriosa assombração que, de acordo com as lendas locais, vive na selva do país deles e que mata brutalmente todos que se atrevem a entrar em seus domínios.
Carcaças humanas horrivelmente estraçalhadas encontradas pela selva parecem confirmar a existência desse ser. Mas quem vai descobrir definitivamente o que há por trás dessa lenda é uma pequena tropa do Exército dos Estados Unidos, mandada até a selva da Guatemala numa missão especial... da qual quase ninguém vai voltar vivo!

Com esse roteiro, O Predador apresentou ao público uma das espécies de monstros espaciais mais famosos da história recente do cinema.
Gravado no México, embora o diretor e quase todos os atores sejam dos Estados Unidos, esse filme é considerado um clássico do final dos anos 80. Além de ser o 1º de uma série cinematográfica de 5 filmes (os outros 4 foram lançados em 1990, 2004, 2007 e 2010). E mais um curta-metragem (2003) que não faz parte da série oficial e mostra os predadores lutando contra o Batman (?!).
Bom, só os 2 primeiros filmes (principalmente o 2º) se fixaram com mais força no gênero ‘terror’. Os seguintes, embora mantenham evidentemente o subgênero ‘terror light’, se prenderam mais aos gêneros ‘aventura’ e ‘ficção científica’. Então, O Predador e suas continuações agradam a fãs de todos esses gêneros.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


E pode clicar aí do lado em ‘atores de filmes de terror’ pra ver um post sobre o Arnold Schwarzenegger, que interpretou o herói principal do filme.
Até a próxima!

sexta-feira, 16 de março de 2012

OCTAMAN


título original: Octaman
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1971
países: Estados Unidos / México
elenco principal: Kerwin Mathews, Pier Angeli, Read Morgan
direção e roteiro: Harry Essex

Imagine um filme com o seguinte roteiro:

Enquanto explora uma região isolada, um cientista encontra um ser que não consegue identificar o que é. E enquanto leva o espécime pra ser observado por outro cientista, um monstro que vive num lago próximo ataca o acampamento dele e mata quem tava lá.
Quando o cientista volta pra continuar com a expedição, não demora a se confrontar com o monstro, que é capturado pela expedição, mas consegue escapar não muito tempo depois. E quando a expedição resolve se retirar, não consegue, pois percebe que o monstro colocou um bloqueio no caminho.
Depois disso, eles têm uma cena de luta contra o monstro numa caverna, o monstro rapta a namorada do cientista...

Bom, nem preciso continuar pra já poder apostar com certeza quase absoluta que, se você já assistiu O Monstro da Lagoa Negra (1954), foi nesse filme que você pensou, né? Pois é. Mas não é desse que eu tô falando. O que eu descrevi acima foram algumas partes do roteiro de Octaman.
A semelhança não é casual: o hoje falecido Harry Essex, que tinha sido um dos roteiristas do Monstro da Lagoa Negra, foi o diretor e roteirista de Octaman. Então, acho que ele pegou o texto que tinha escrito 17 anos antes, mudou só algumas partes e usou pra fazer um novo filme. E isso deu a Octaman a fama de remake não-assumido do Monstro da Lagoa Negra.
Devo dizer que o resultado não ficou lá essas coisas. Não que o filme seja de todo ruim. Mas, levando em conta que pretendia ser um filme de terror misturado com aventura, decepcionou, porque tem cenas muito sem ação e que, sem necessidade, demoram muito a se concluir.
Também se nota que foi uma produção de baixo custo: nem cenas subaquáticas tem!
E a história também deixa algumas contradições. Por exemplo, mostra uma raça de polvos vivendo num lago de água potável (sendo que polvos são animais predominantemente marítimos) e o prólogo dá a entender que o monstro é um mutante criado por radiação (quando o filme começa, a voz do narrador descreve ele como “O hediondo fruto de radiação atômica na forma de uma lenda bizarra.”), mas o desenrolar do filme mostra que ele já existe desde o início do século XX, quando nem havia tanta radiação atômica assim no Mundo.
Octaman também foi um dos últimos trabalhos do ator Kerwin Mathews, que deixaria a carreira poucos anos depois. E foi o último trabalho da atriz Pier Angeli, que se suicidou logo depois de gravar as cenas dela e antes mesmo do filme ser lançado.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


Até a próxima!