segunda-feira, 28 de novembro de 2016

ATTACK OF THE BEAST CREATURES

título original: Attack of the Beast Creatures
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1985
país: Estados Unidos
elenco principal: Julia Rust, Robert Lengyel, Robert Nolfi
direção: Michael Stanley
roteiro: Robert A. Hutton

Em Maio de 1920, um transatlântico naufraga no Norte do Atlântico.
Os únicos sobreviventes, 5 homens e 3 mulheres, se aglomeram como podem num pequeno barquinho salva vidas. E sem ter o que fazer, ficam à deriva, esperando que a sorte salve os 8.
De fato, a correnteza leva o barquinho a uma misteriosa ilha florestal. E eles se metem entre as árvores em busca de ajuda, procurando saber se a ilha é habitada... Mas não percebem pequenos vultos correndo entre as plantas.
À noite, esses pequenos vultos vão se fazer notar melhor como pequenos pares de olhos brilhantes na escuridão. E depois, como pequenas boquinhas cheias de dentes afiados e loucas pra saborear carne humana...

Eu diria que há 90% de chance de que você que tá lendo esse texto nunca tenha ouvido falar em Attack of the Beast Creatures. E aliás, o único site em Português que eu vi mencionando essa pérola foi o Filmes Segregados.
Não sabem por que esse filme é tão desconhecido? Simples: porque o elenco e a equipe técnica são quase completamente desconhecidos.
Pelo menos de acordo com o IMDB, nenhum dos atores e atrizes vistos aqui fez outro trabalho além desse filme. A mesma coisa em relação ao roteirista. E o diretor tem menos de meia dúzia de trabalhos registrados no currículo.
E o filme em si é uma comédia involuntária. Vai fazer companhia a Calígula (1979), Gigantes Guerreiros Goggle Five (1982), O Rato-Humano (1988), O Inominável 2 (1992), Incesto (2000), Pecados & Tentações (2008), Axe Giant: The Wrath of Paul Bunyan e Poseidon Rex (ambos de 2013).rsrs
Se a produção e o roteiro tivessem sido um pouquinho melhores, Attack of the Beast Creatures até que teria dado um caldo. Mas dá pra ver de longe que é um filme amador, gravado de forma quase artesanal. Pra vocês terem uma ideia, nem tem cenas de estúdio! Foi tudo gravado numa praia e numa floresta (provavelmente, terrenos baldios perto da casa de alguém da equipe, né?).
Os bonecos que representam os monstros são uma das coisas mais mal feitas que eu já vi em filmes. E nas cenas de ‘ataque’ deles contra os humanos, dá pra ver claramente que tinha alguém fora de cena jogando os bonecos contra os atores.
Essas criaturas não são animais irracionais, já que elas vestem roupas rústicas e praticam uma espécie de religião (elas até construíram a estátua de um deus e ficam rezando na frente dele). Mas o filme não desenvolve em momento nenhum a historia delas e nunca se preocupa em explicar o que elas são.
Talvez a contradição principal que fique é a ausência de animais na ilha. Afinal, já que os monstrinhos têm uma necessidade tão insaciável de comer carne, o que eles comem quando não tem humanos na ilha? Partem pra dieta vegetariana?rs
Por falar nas vítimas deles, sempre que um dos personagens morre e depois alguém encontra o cadáver dele, botam um esqueleto de plástico pra representar o cadáver. E dá pra ver que é sempre o mesmo esqueleto. Um daqueles de brinquedo, que as crianças montam pra aprender como é o corpo humano.
Enfim, a gente vê de longe que não houve grana pra produção.
Vale a pena ver? Sim. Se você gostar de produções feitas no quintal e não fizer questão de ver nada muito elaborado. Mas se você é fã só superproduções, esqueça que Attack of the Beast Creatures existe.rs
Clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


E clique aí do lado em ‘comédias’ que você acha posts sobre Axe Giant, Calígula, Goggle Five, Incesto, O Inominável 2, O Rato-Humano, Pecados & Tentações e Poseidon Rex.
Até a próxima!

sábado, 26 de novembro de 2016

STEVE BOND

O israelense Steve Bond é um ator mais de televisão do que de cinema. E apareceu mais em dramas e romances.
Claro que trabalhos cinematográficos também constam no currículo dele. E uma boa parte deles foram produções de terror.
Em 1976, o Steve apareceu em Massacre at Central High.
Em 1984, ele foi o protagonista masculino do Depredador.
Vale lembrar que o personagem do Steve, chamado Joel, foi um dos ‘mocinhos de slasher’ menos atuantes de todos.
Ele vai com um grupo de amigos até a parte menos acessível de uma floresta isolada pra escalar um rochedo chamado Suicide Peak. Mas não toma nenhuma atitude muito significativa em momento nenhum.
A morte do personagem só chama a atenção do público porque se passa na parte mais agitada do filme (os últimos 15 minutos):
No alto do Suicide Peak, o Joel começa a descer o rochedo pendurado por uma corda, enquanto um amigo dele fica lá no alto segurando a corda, que de repente começa a sacudir de uma forma estranha... E o Joel olha pra cima irritado, pensando que é alguma brincadeirinha sem graça do amigo. Mas se espanta profundamente quando vê um homem horrivelmente deformado cortando a corda! E ele começa a descer o mais rápido que pode, mas acaba caindo pelo rochedo a baixo quando a corda se parte.
Bom, no ano seguinte, o Steve foi visto na Poção Mágica.
Em 1988, ele teve em Drácula: Pacto de Sangue.
E em 1991, o Steve apareceu em Son of Darkness: To Die for II.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o ator:


E dê uma clicada aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre O Depredador.
Até a próxima!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

OCCUPIED

título original: Occupied
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 2015
país: Estados Unidos
elenco: Lee Silva e Taylor Kerby
direção e roteiro: Mitchell Kerby e Taylor Kerby

Um homem vai passar a madrugada trabalhando num prédio.
Quando sai da sala dele pra ir ao banheiro, o último colega que ainda tava no prédio passa por ele no corredor, se despede e vai embora, deixando ele sozinho no prédio...
Sozinho?
Na verdade, ele não vai demorar a perceber que tem companhia. Aliás, PÉSSIMA companhia...

Esse curta-metragem de 5 minutos dos irmãos Mitchell e Taylor Kerby é uma das demonstrações de como eles conseguiram chegar longe com filmes de baixíssimo custo e elenco reduzido ao máximo possível.
Claro que a história é bastante simples, não se dá nenhuma explicação sobre quem ou o quê era o ser sobrenatural que atacou o homem no prédio deserto... Mas, levando em conta que Occupied é um curta, e curtas rarissimamente dão grandes explicações sobre seus personagens, você nem presta atenção nisso.
E não posso deixar de dar os parabéns ao ator Lee Silva: apesar de falar muito pouco, as expressões faciais dele dizem tudo ao se deparar com a ‘coisa’ que tá atacando o personagem dele no prédio.
Occupied nunca foi lançado comercialmente no Brasil. Mas não é nem um pouco difícil encontrar ele aí pelos ‘tubes’ da vida.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre o filme:


Até a próxima!

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

PEDRO CARDOSO

O brasileiro Pedro Cardoso é mais conhecido sem dúvida por ter interpretado o personagem Agostinho do seriado A Grande Família (entre 2001 e 2014). E atualmente pelos desentendimentos que ele tem tido com os paparazzi e com a sua ex empregadora Rede Globo.
Envolvido em comédias na quase totalidade da carreira dele, os trabalhos que ele teve até hoje na área do terror foram exatamente em comédias de terror.
As Sete Vampiras (1986) foi a estreia do Pedro nesse gênero.
E em 1991, ele teve um pequeno personagem na novela Vamp.
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre o Pedro:


E clique aí do lado em ‘seriados’ que você acha um post sobre Vamp.
Até a próxima!

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

BABILÔNIA

título original: Babilônia
ano de lançamento: 2015
países: Brasil / Emirados Árabes / França
elenco principal: Adriana Esteves, Camila Pitanga, Glória Pires
direção: Dennis Carvalho e Maria de Médicis
roteiro: Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares

A novela Babilônia (que teve cenas gravadas no Brasil, Emirados Árabes e França) ficou no ar entre Março e Agosto de 2015, totalizando apenas 5 meses no ar e sendo uma das novelas com menor audiência lançadas pela Globo.
Na fala de alguns grupos pentecostais e neopentecostais radicais, a novela foi rejeitada pelo público por conter personagens homossexuais, já que o povo brasileiro é conservador e não aceita ver nada parecido com isso sendo mostrado numa novela...
Honestamente e com toda a sinceridade, essa explicação não tem o menor sentido. Várias outras novelas tiveram personagens homossexuais e não sofreram nenhuma queda de audiência por causa disso. Basta lembrar o personagem Félix da novela Amor à Vida (2013), que começou como um vilão, foi perdoado pelo público e terminou até sendo ovacionado!
O que aconteceu em Babilônia que provocou a decadência da novela é que o roteiro era ruim mesmo.
Eu admito que não vi a novela toda. Mas dentro do que eu vi e levando em conta o que li na Internet e ouvi de comentários sobre a novela, ela se limitou praticamente a mostrar as maldades recíprocas das vilãs Beatriz e Inês (interpretadas respectivamente pelas atrizes Glória Pires e Adriana Esteves), que queriam destruir uma à outra. Parece que a história não se desenvolveu muito além disso. Simplificando: não decolou.
Então, por que o ‘ataque evangélico’ contra a novela usando a homossexualidade como justificativa?
Bom, em 1º lugar, evangélicos usando a homossexualidade como justificativa pra atacar o que quer que seja não é nenhuma novidade. Converse com qualquer pentecostal ou neopentecostal que você tem 95% de chance de ouvir frases de ódio exacerbado deles contra esse assunto. Pentecostais e neopentecostais não se limitam a não concordar com a homossexualidade: eles têm uma obsessão contra a homossexualidade.
Em 2º lugar, de fato houve uma polêmica em Babilônia envolvendo a homossexualidade.
A novela tinha personagens homossexuais? Sim. Tinha um casal de gays e um casal de lésbicas. E a polêmica toda começou exatamente por causa do casal de lésbicas, que eram mulheres já de uma certa idade (interpretadas pelas atrizes Fernanda Montenegro e Nathália Timberg) e que tinham uma cena de beijo na boca logo no início da novela.
Como eu disse, casais homossexuais já tinham aparecido em novelas anteriores (inclusive com cenas de beijo na boca) e não houve nenhum grande problema por causa disso. Mas, como aqui eram mulheres mais velhas, acho que a rejeição de certas pessoas foi principalmente por causa disso. Afinal, nós nos habituamos culturalmente com aquela ideia de que mulheres mais velhas não têm vida sexual ativa. Imagine vida sexual ativa com uma pessoa do mesmo sexo!
Pode não parecer à 1ª vista, mas liberdade sexual pra mulheres na velhice é um super tabu na sociedade brasileira!
O que incomodou de fato os evangélicos em Babilônia é que a novela mostrava 2 vilões evangélicos (interpretados pelos atores Marcos Palmeira e Arlete Sales), retratados como agressivos e preconceituosos contra quem tivesse qualquer comportamento diferente do que era seguido por eles.
Ué?! Por acaso vocês nunca viram pentecostais e neopentecostais que se enquadram exatamente nessa definição?
Só acho que a novela errou num ponto: os personagens evangélicos em questão eram ricos; os pentecostais e neopentecostais que se comportam com um radicalismo tão extremo e explícito, pelo menos na maioria das vezes, são de classes mais baixas.
Mas aí é aquele problema: os pentecostais e neopentecostais acham que podem falar o que quiserem de ofensivo e também fazer o que quiserem de ofensivo contra outras religiões e outros estilos de vida, sob a justificativa de que “NÓIS TÁ PREGANDO!!!”. Mas eles tratam esse direito autoproclamado como uma via de mão única: se alguém que não é pentecostal ou neopentecostal der um pio contra a religião deles ou contra o estilo de vida deles, eles declaram guerra a essa pessoa.
Então, a novela não mostrou nenhuma mentira sobre esse assunto. O problema é que parece que teve gente que vestiu a carapuça quando viu essas cenas, né?
Bom, já que a novela foi dirigida pelo Dennis Carvalho, vale lembrar que eu já indiquei aqui outra produção dirigida por ele: Sai de Baixo (1996).
Bom, clique aqui pra ver mais informações sobre Babilônia:


E clique aí do lado em ‘seriados’ que você acha o post sobre Sai de Baixo.
Até a próxima!