segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

DEFENSORES DA LUZ MASKMAN



título original: Hikari Sentai Masukuman
título brasileiro: Defensores da Luz Maskman
ano de lançamento: 1987
país: Japão
elenco principal: Issei Hirota, Kanako Maeda, Koichi Kusakari, Ryosuke Umizu, Yuki Nagata
direção: Keita Amemiya e Minoru Yamada
roteiro: Hirohisa Soda e Toshiki Inoue

De todos os sentais já vistos na TV aberta do Brasil, o que passou mais despercebido na época em que foi exibido sem dúvida nenhuma foi Defensores da Luz Maskman. E não é difícil entender por quê: ele foi apresentado ao público brasuca pela extinta Rede Manchete em 1991, ano em que 4 emissoras brasileiras (Globo, Manchete, Bandeirantes e SBT) exibiam, contando tudo, 15 outros seriados japoneses de aventura. Com essa saturação na mídia da época, é claro que Maskman foi visto como apenas mais 1 entre tantos programas do mesmo tipo, não chamando a atenção do público.
Mas, curiosamente, de uns 10 anos atrás pra cá, esse seriado conquistou uma certa legião de fãs na Internet, passando a ser considerado cult.
A tradução que Maskman recebeu no Brasil também não ajudou muito, pois deu umas derrapadas brabas. A pior foi no que diz respeito a uma vilã que se disfarça de homem durante o seriado todo e só no final descobrem que ela é mulher: a tradução simplesmente ignorou essa parte. Aí, na cena em que ela se revela, tiveram que inventar lá umas falas improvisadas pra poder a cena fazer algum sentido.
E a própria história também apresenta algumas contradições no seu desenrolar e deixa algumas situações sem explicação.
A única novidade que Maskman traz é em relação aos vilões: aqui eles vêm de dentro da Terra, e não de fora da Terra. É que em quase todos os outros sentais, os vilões são extraterrestres, mas em Maskman eles são criaturas subterrâneas.
Mas parece que é quase impossível um sentai romper relações por completo com o elemento extraterrestre e esse aqui não foi uma exceção: botaram lá uma garota alien visitando a Terra (embora ela apareça em 1 capítulo só).
Outra coisa legal sobre os vilões aqui é que quase todos tiveram o lado psicológico bem trabalhado. Mas foram raras as vezes em que causaram problemas sérios aos heróis.
Tirando isso, vemos o mesmo tema de sempre dos sentais: um grupinho de heróis com armaduras de cores diferentes (os Maskman) lutando contra uma quadrilha de vilões com superpoderes (o Império Tube).
De qualquer forma, Maskman agrada a fãs de sentais. E se você gosta de seriados de aventura em geral, também vale a pena dar uma olhada.
Clique aqui pra ver mais informações sobre o seriado:


Até a próxima!

4 comentários:

Marcelo Castro Moraes disse...

Mas eu curtia bastante Maskman e para mim não passou desapercebido não. Mas que historia é essa de vilão que no final era vilã?? Eu me lembro das irmãs gêmeas por exemplo mas disso não.

Bússola do Terror disse...

Eu também gostava de Maskman. Mas ele não teve o mesmo sucesso que Changeman e Flashman, por exemplo, né?
A vilã em questão era exatamente uma das gêmeas: a Princesa Igam.
No texto original, ela se identifica como homem durante o seriado quase todo, é chamada de “príncipe” e quase todos os personagens pensam que ela é homem mesmo. Só no capítulo 45, quando o capacete dela cai durante uma luta, é que todos olham pra ela e ‘descobrem’ que ela é mulher.
A ‘explicação’ pra isso é que, sendo a princesa mais velha da Família Imperial de Tube e, portanto, herdeira do trono, ela foi criada como um ‘guerreiro’, já que tava destinada a governar o império um dia. Só que essa explicação não faz sentido porque quem tava no trono antes era uma mulher (e por sinal, ela não tinha nada de masculina). Portanto, nada impedia que uma mulher ocupasse o trono.
Mais bizarro do que isso é que a Igam tem uma aparência evidente de mulher, fala com voz de mulher e nem se veste de forma tão masculina assim (inclusive, ela usa salto alto em todos os capítulos do seriado).
Embora, no texto original em Japonês, ela fosse sempre chamada de “príncipe” e os outros personagens sempre se referissem a ela fazendo as concordâncias no masculino, o tradutor do seriado no Brasil manteve isso só no 1º capítulo, quando ela é chamada de “Príncipe Igam”. Nos demais capítulos, ele botou ela sendo chamada de “Princesa Igam” e fez todas as concordâncias dirigidas a ela no feminino...
Provavelmente, o tradutor brasileiro só recebeu o texto do capítulo 45 quando os primeiros capítulos já tinham ido ao ar por aqui. E como ele deve ter visto que a personagem tinha a óbvia aparência de uma mulher, ele achou que o texto original é que tava errado quando usava o masculino e aí foi traduzindo tudo no feminino.
Conclusão: quando foram traduzir o capítulo 45, no qual se revela o sexo da personagem, o texto teve que ser reescrito com outro assunto pra poder se encaixar, mais ou menos, no que tinha sido levado ao ar até ali. Então, quando cai o capacete dela, todos se espantam por ela ser igual à Iam, a irmã gêmea dela. Tudo bem. Foi só uma desculpa esfarrapada da tradução pra tentar consertar o erro que tinha cometido lá atrás. Mas acho que a emenda saiu pior do que o soneto, né?

Marcelo Castro Moraes disse...

Então foi mais erro dos produtores que criarão a série, pois se era para todo mundo pensar que ela era homem, então ela teria que ter uma aparência bem mais máscula do que foi visto em toda a série.

Bússola do Terror disse...

Claro! Também acho!
Aliás, em todos os sites em que já encontrei textos sobre Maskman uma das coisas mais questionadas é exatamente isso.
Eu acho que poderiam botar ela usando uma máscara e com a voz filtrada, né? Aí tudo bem. Até dava pra ela passar por homem. Mas com ela obviamente tendo uma aparência de mulher e falando com voz de mulher (e usando peças de roupa características de mulher, como sapato alto), é realmente bem estranho que os outros personagens confundissem ela com um ´´príncipe``, como ela era chamada, né? A não ser que o príncipe em questão fosse um travesti.rs