título original: Chojinki
Metaruda
título brasileiro: Metalder,
o Homem-Máquina
ano de lançamento: 1987
país: Japão
elenco principal: Hiroko Aota, Kazuoki Takahashi (creditado
aqui como Hiroshi Kawai), Seiko Seno (creditado aqui como Akira Seno)
direção: vários diretores da Toei Company
roteiro: Shozo Uehara
Quem já se informou um mínimo
que seja sobre Machineman (1984) sabe
que esse seriado foi uma tentativa da Toei de conquistar um público mais jovem.
Ou seja, era um metal hero feito pra crianças entre 5 e 6 anos, enquanto os
outros metal heroes lançados até ali eram pra pré-adolescente ou mesmo
adolescentes.
Em 1987, seguindo na
contramão do que tinham feito com Machineman,
a Toei decidiu lançar um metal hero mais voltado pro público adulto. E assim
foi criado Metalder, o Homem-Máquina.
Mais pensativo e menos
brincalhão que seus antecessores, o herói aqui luta contra um vilão igualmente
mais sério e mais inteligente do que o comum, que não perde tempo fazendo
babaquices como dar sustos em crianças e adjacências.
Quanto ao roteiro:
Em 1944, o cientista japonês
Ryuichiro Koga perdeu seu único filho numa das batalhas da 2ª Guerra Mundial. E
pra se vingar dos americanos e ao mesmo tempo proteger o Japão com uma arma infalível,
ele criou um androide à imagem e semelhança do filho dele, chamado Hideki Kondo,
que, quando se enfurece, se transforma num robô guerreiro chamado Metalder.
Mas, como era um
pacifista, o cientista logo depois concluiu que o que ele tava fazendo era
errado. E depois de reprogramar o robô pra fins mais pacíficos, acabou nem sequer
ativando ele e deixando ele num laboratório secreto.
Na mesma época, um
coronel do Exército Japonês chamado Issao Muraki, que também era um cientista e
amigo do Ryuichiro, ajudou ele inicialmente no ‘Projeto Metalder’. Mas ele começou
a usar ilegalmente prisioneiros de guerra como cobaias pra fazer experiências.
Quando o Ryuichiro
descobriu isso, cortou relações com ele. Mas, em 1987, ao buscar informações sobre o
ex amigo, acabou descobrindo uma organização secreta criminosa chamada Império
Neroz...
Com as novas informações
que foi encontrando, o Ryuichiro não viu outra saída: tinha que ativar o
Metalder pra que ele destruísse o Império Neroz.
Mas, chegando ao laboratório
onde tinha deixado o robô, ele viu que tava sendo seguido por guerreiros do
Império Neroz. E pra manter o laboratório escondido, saiu dali e se deixou
localizar pelos vilões, sendo morto por eles segundos depois.
Vendo a situação, o
Metalder entrou em ação. Mas, apesar de mostrar que tinha grandes poderes de ataque,
ele não sabia usar nenhum deles direito, sendo derrotado pelos inimigos nessa 1ª
luta.
Ele logo vai se
aprimorar nas lutas. Mas ainda vai demorar muito tempo pra ele descobrir qual é
a relação entre o criminoso de guerra Issao Muraki e o Império Neroz...
Pouco lembrado no seu
país de origem devido ao sucesso superficial que fez por lá (ao contrário do
que a Toei esperava, o público adulto não deu muita bola pro seriado e o
público infantil também não se interessou, já que a temática era adulta demais),
Metalder também não foi lá essas
coisas em termos de audiência quando foi exibido na TV aberta do Brasil. Até porque
foi exibido pela Bandeirantes, que nunca se lixou muito pra seriados japoneses
de aventura, usando eles como meros tapa-buracos na programação.
Mas, como aconteceu com
outros programas do mesmo tipo, ele conquistou uma legião de fãs em anos
recentes, graças à Internet.
Realmente, temos poucos
pontos negativos pra destacar aqui. Só uma bizarrice ou outra (como o
desaparecimento sem explicação de alguns vilões fixos).
Vale lembrar que Metalder contou com a presença de nomes
consagrados dos seriados japoneses de aventura dos anos 80.
Teve participações especiais
dos atores Hiroshi Watari, Junichi Haruta e Kenji Ohba e da atriz Hiroko
Nishimoto.
E o ator Kazuoki
Takahashi fez parte do elenco fixo do seriado, trazendo um toque de mais humor
pra história (antes da chegada do personagem dele, o seriado tava ‘seco’ demais).
Todos eles também tiveram
presentes nos seriados Denshi Sentai
Denjiman (1980); Gigantes Guerreiros
Goggle Five; Space Cop (ambos de 1982);
Sharivan, o Guardião do Espaço (1983);
Esquadrão Relâmpago Changeman; O Fantástico Jaspion (ambos de 1985); Comando Estelar Flashman; Spielvan (ambos
de 1986); Jiraiya, o Incrível Ninja;
e Cybercops, os Policiais do Futuro (ambos
de 1988).
Também vale lembrar que
Metader teve várias cenas
reutilizadas como footage quando foi lançado o seriado estadunidense VR Troopers (1994).
Bom, posso recomendar Metalder a fãs de metal heroes em geral.
Mas lembrando que ele tem um formato mais sério do que o comum.
Clique aqui pra ver
mais informações sobre o seriado:
E clique aí do lado em ‘produções
japonesas’ que você acha posts sobre Changeman,
Cybercops, Denjiman, Flashman, Goggle Five, Jaspion, Machineman, Sharivan,
Space Cop e Spielvan.
Até a próxima!
2 comentários:
Metalder eu acompanhei e realmente era uma seriado a frente daquele tempo se comparado com outros da época. Minha mãe que acompanha o seriado comigo foi as lágrimas no episódio final.
Mas o final é realmente triste, né?
O único seriado desse tipo que eu acho que teve um final mais infeliz do que esse foi Flashman.
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