sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

PREMIAÇÃO DOS VILÕES DE 2016

Como sempre faço no início de Janeiro, vou premiar os vilões das produções que indiquei aqui ao longo do ano anterior.
E como sempre, abaixo da premiação vai um comentário meu sobre o motivo dessa premiação e o link que leva ao post sobre a produção em que esse vilão aparece.

O Prêmio Vilão Mais Assustador vai para... a BRUXA DE BLAIR, do filme homônimo (1999).
Já sei que muita gente vai dizer que esse filme não tem nada de assustador. Mas temos que reconhecer que a Bruxa de Blair é uma vilã que ataca com terror psicológico. E total! Nesse 1º filme ela nunca se mostra em cena nenhuma (a ponto de muita gente que viu o filme achar que ela simplesmente nem existe e que quem tá por trás dela é algum humano mortal comum querendo atormentar quem entra na antiga Floresta de Blair), mas ela sempre deixa claro que passou perto do lugar onde você tá e que o lugar não é seguro graças a ela.


O Prêmio Vilão Mais Desprovido de Características Humanas vai para... OS INSETOS-TATUS, de Hospedeiros - A Ameaça Interior.
Por mais caos e destruição que essas criaturas tenham causado, são só animais seguindo o ciclo vital deles. Não agiram em momento nenhum por sadismo, vingança nem qualquer outro sentimento humano.


O Prêmio Vilão Mais Enigmático vai para... a ENTIDADE, de Occupied (2015).
Bom, essa criatura, se é que é uma criatura, encurrala um homem no banheiro de um prédio quando ele tá sozinho e mata ele lá. Mas não vemos o que é essa coisa nem como ela matou o homem. Menos ainda temos qualquer pista dos motivos que levaram ela a fazer isso.
Dá pra ser mais enigmático?


O Prêmio Vilão Mais Inocente vai para... LEON, da Noite do Lobisomem (1961).
Ele nasceu no Natal, como resultado de um estupro cometido por um homem que já tinha sofrido muito contra uma mulher que já tinha sofrido muito. E de acordo com o Folclore Espanhol, quem é gerado e nasce nessas condições, fica vitimado pra sempre com a maldição do lobisomem.
Como já nasceu amaldiçoado, o Leon não teve culpa de nada do que ele fez ou do que aconteceu com ele. Não podemos nem culpar ele por ter ido a um lugar perigoso, onde ele foi mordido por um lobisomem nem nada disso.


O Prêmio Vilão Mais Macaco-de-Imitação vai para... as ARRAIAS MONSTRUOSAS, do Monstro do Mar de Bering (2013).
Embora não seja comum ver arraias como monstros principais de filmes de terror, essas aqui não passam de imitações de outros monstros já vistos antes: se reproduzem da mesma forma que os monstros de Alien (1979), explodem quando são expostas a luz forte que nem os trolls do Caçador de Troll (2010) e a própria forma como elas são tratadas pelos personagens humanos do filme quase segue passo a passo a forma como os monstros de Poseidon Rex (2013) são tratados pelos personagens humanos de lá.
Aliás, não vamos esquecer que Poseidon Rex também plagiou direto outro filme de terror com o mesmo tema: Up From the Depths (1979). Então, O Monstro do Mar de Bering é o plágio de um plágio?! Que nó!!!


O Prêmio Vilão Mais Mala-Sem-Alça vai para... BIANCA DUPREE, da Turma da Pesada.
Embora seja a vilã principal do seriado e frequentemente trate todo mundo mal, ela não chega a ser aquela vilã diabólica, sanguinolenta e adjacências. Ela não manda espancar ninguém, matar ninguém nem nada parecido. Menos ainda faz isso com as próprias mãos.
Por outro lado, como a Bianca se considera muito mais bonita do que todo mundo, muito mais inteligente do que todo mundo e muito mais TUDO do que todo mundo, a soberba em fase extrema dela transforma ela numa das companhias mais desagradáveis que alguém pode ter.


O Prêmio Vilão Mais Oportunista vai para... o Monstro, de Krull (1983).
Ele invadiu o Planeta Krull pra se aproveitar de uma profecia que existia lá, segundo a qual uma jovem um dia se tornará uma rainha, escolherá um rei pra se casar com ela e governará o planeta ao lado dele.
O Monstro concluiu que a jovem em questão era uma princesa chamada Lyssa. E assim que ela se tornou rainha, ele raptou ela, esperando que ela se casasse com ele pra cumprir a profecia, ou seja, fazer dele o Soberano de Krull.
Uma espécie de golpe do baú interplanetário, né?


O Prêmio Vilão Mais Realista vai para... MARTHA, da Mulher-Lobo de Londres (1946).
Ela é uma antiga empregada de uma família rica. E inventou uma história de que era tia da única garota da família que ainda tava viva pra se apossar dos bens da família.
O meio que a Martha encontrou pra fazer isso foi armar situações pra garota pensar que era um lobisomem e ir enlouquecendo aos poucos, até ser mandada pro hospício, deixando a mansão em que morava e o resto da fortuna pra ‘tia’.
Quase que dá vontade de processar esse filme por propaganda enganosa, né? Afinal, não tem mulher-lobo nenhuma na história.


O Prêmio Vilão Mais Sádico vai para... RICHARD, de Às Vezes Eles Voltam (1991).
Bom, ele é o chefe de uma quadrilha de greasers dos anos 60. Tais criaturas eram violentas só pelo prazer de serem violentas e saírem por aí causando desordem sem motivo.
O problema é que, depois de morto, além de manter a mesma personalidade, ele também adquiriu poderes sobrenaturais, permitindo que ele cometesse atrocidades piores ainda.


O Prêmio Vilão Mais Sargentão vai para... SADOR, de Mercenários das Galáxias (1980).
Bom, esse nem precisa de muita explicação, né? É um ditador militar com mania de grandeza que se sente no direito de fazer o que quiser, do jeito que quiser, onde quiser e com quem quiser. E de certa forma, ele morre por causa da soberba dele, já que não abandona a nave dele quando ela tá começando a explodir.
O Sador é um Emílio Garrastazu Médici espacial. Então, teve o fim que mereceu.


O Prêmio Vilão Mais Tarado vai para... WALTERS, de 21 Hump Street (2012).
Ele era o chefe do tráfico de uma droga chamada HFS (ou horny fucking shit), que provoca compulsão por sexo. Então, ele quer fazer todo mundo transar, transar, transar, transar, transar sem parar.


Bom, é isso aí.

Até a próxima!

2 comentários:

Jaws disse...

A Bruxa de Blair (1999) foi o ultimo filme que me fez sentir medo...

Bússola do Terror disse...

Pois é. É um filme com a capacidade de enervar quem tá vendo muito mais do que aterrorizar com cenas explicitamente assustadoras.