segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A BRUXA DE BLAIR

título original: The Blair Witch Project
título brasileiro: A Bruxa de Blair
ano de lançamento: 1999
país: Estados Unidos
elenco principal: Heather Donahue, Joshua Leonard, Michael Williams
direção e roteiro: Daniel Myrick e Eduardo Sánchez

“Em Outubro de 1994, 3 cineastas em formação desapareceram na floresta perto de Burkittsville, Maryland, enquanto filmavam um documentário. Um ano depois, as imagens deles foram encontradas.”

Essa é a única explicação ‘didática’ que vemos sobre a história mostrada em A Bruxa de Blair. Só ficamos sabendo de todo o resto da história ao ver as cenas em si.
Devido a esse início, já tá claro que esse não é um filme que aposta no suspense em relação ao fim: desde o início, já sabemos que os personagens que vamos ver vão morrer ou, no mínimo, sumir de alguma forma até o final do filme. Mas essa ideia já tava clara pros expectadores quando o filme foi lançado...
Acontece que os diretores/roteiristas Daniel Myrick e Eduardo Sánchez já tinham tudo esquematizado pra lançar o filme, mas não tinham dinheiro pra isso. E então, lançaram uma falsa ‘campanha de procura-se’ na época: divulgaram o sumiço dos 3 garotos como se fosse uma história real. E lançaram o filme como se fosse um falso documentário sobre o assunto.
E durante os primeiros meses em que A Bruxa de Blair teve nos cinemas, muita gente foi assistir pensando que era tudo verdade mesmo!
Esse filme é frequentemente acusado de ter plagiado 2 outros filmes de terror, lançados nos anos 70: Rituals (1977) e Holocausto Canibal (1979). E é inegável que vemos várias cenas da Bruxa de Blair que seguem os passos desses outros 2 direitinho.
Minimamente, temos que dizer que foi inspirado neles, né?
Mas o que parece ter decepcionado mais os fãs de terror ao verem A Bruxa de Blair foi a ausência da dita cuja que dá nome ao filme. Pois é: do início ao fim do filme não aparece bruxa nenhuma! E é meio esdrúxulo fazer um filme sobre uma bruxa e não botar nenhuma bruxa na história, né?
Quando muito, alguns fãs entendem que a bruxa é só um espírito que vaga pela floresta como uma presença abstrata. E que são os poderes dela que tão desorientando os 3 garotos que tão perdidos ali e instigando brigas entre eles.
Essa última situação é que é o tema principal do filme.
Fora isso, a única coisa que fica 100% clara é que alguém ou alguma coisa (e nunca aparece nas cenas quem ou que coisa seria essa) tá perseguindo os garotos pela floresta e tentando matar eles. E a ideia inicial dos diretores é que quem tá fazendo isso seriam os moradores da cidade vizinha, que não tão nem um pouco satisfeitos com a presença dos ‘estranhos’ nas terras deles.
Sim. Várias cenas do início do filme parecem deixar isso claro. Mas, mesmo assim, a história permite várias interpretações pro destino final dos 3.
Não sabemos nem sequer se os garotos morreram, pois nenhum corpo nunca foi encontrado. A não ser que a gente leve em conta uma língua humana cercada de dentes humanos que foi largada por alguém perto da barraca deles numa manhã.
Supostamente, isso seriam os restos mortais do personagem Joshua, desaparecido na véspera. Mas isso também nunca é explicado diretamente.
Aventura? Sim. Mas mais devido à tensão e ao suspense de algumas cenas específicas do que à ação.
Comédia? Não. Tentaram contar aqui uma história séria.
Violência? Bom, com exceção da cena da língua (que é muito rápida e não mostra detalhes) e de algumas brigas isoladas entre os 3 garotos quando eles perdem a paciência uns com os outros, não.
Sexo? Nenhum.
Como a gente vê, A Bruxa de Blair é um filme de terror que pode passar na Sessão da Tarde sem cortes. Aliás, ele é um filme muito mais de suspense do que de terror.
O filme teve uma continuação (2000), mas que não tem quase nada a ver com o filme original.
Clique aqui pra ver mais informações sobre A Bruxa de Blair:


E clique aí do lado em ‘slashers’ que você acha um post sobre Rituals.
Até a próxima!