título original: The Curse of the Werewolf
títulos brasileiros: A Maldição do Lobisomem / A Noite do Lobisomem
ano de lançamento: 1961
país: Inglaterra
elenco principal: Catherine Feller, Clifford Evans, Oliver Reed
direção: Terence Fisher
roteiro: Guy Endore (autor do texto original) e Anthony Hinds
Se um homem que já sofreu muito estuprar uma mulher que já sofreu muito, se esse estupro resultar numa gravidez e se essa gravidez terminar com a criança nascendo no Natal, isso é considerado um insulto a Jesus. Por isso, essa pessoa vai nascer com uma maldição sobrenatural que ela vai carregar pro resto da vida e que sempre vai se manifestar nas noites de lua-cheia.
Não há cura pra isso, mas há controle: se a pessoa receber uma demonstração de amor no momento exato em que a maldição dela se manifestar, isso vai fazer a maldição parar e se reverter por aquela noite. Mas na noite seguinte vai começar tudo de novo...
Essa lenda, lançada pelo filme The Curse of the Werewolf é a justificativa pra existência dos lobisomens.
Em mais de 90% das produções cinematográficas e televisivas que abordam o tema, a pessoa só se torna um lobisomem porque é ferida por outro lobisomem. E se ela ferir outra pessoa, vai acontecer o mesmo com ela. Mas aqui se diz que o lobisomem já nasce lobisomem e não transforma ninguém em lobisomem se ferir esse alguém.
Outra inovação que se faz notar aqui é a falta de elementos sobrenaturais num filme de terror sobrenatural. Explicando melhor: o fato de ter um lobisomem na história é quase um detalhe e aparece muito mais na 2ª metade do filme, visto que os personagens que aparecem no início do filme já passam por uma série de situações infelizes que não têm nada a ver com o sobrenatural. No fundo, o que temos aqui é muito mais uma tragédia histórica com toques de sobrenatural, e não um filme de terror cascudo.
Já que eu mencionei que é um filme histórico, inspirado no livro The Werewolf of Paris (1933), do escritor Guy Endore, e lançado no Brasil em VHS com o nome de A Maldição do Lobisomem e exibido na televisão com o título de A Noite do Lobisomem, vamos explicar o motivo...
A Hammer Film Productions, que foi responsável pelo lançamento do filme, tinha em mente um filme que se passava na Espanha do século XVIII. Mas esse acabou não saindo. Então, pra não jogar fora os cenários e os figurinos que tinham sido feitos pra esse outro filme, resolveram usar eles na Noite do Lobisomem. E pra isso, evidentemente, tiveram que deslocar a história pra Espanha do século XVIII (mas é uma produção 100% inglesa).
Também vale lembrar que esse foi o único filme da Hammer sobre um lobisomem, embora eles tenham lançado filmes de terror com vários outros temas.
Aventura? Sim. Em nível médio, podemos dizer.
Comédia? Ih... 0%. Tentaram contar aqui a história mais triste possível. Nenhum personagem tem final feliz.
Violência? Bom, a história em si é violenta. Mas são muito poucas as cenas de violência explícita mostrada com detalhes. Quando acontece alguma coisa violenta, geralmente é em off.
Pra encerrar, vale lembrar que o Terence Fisher foi um diretor com várias produções de terror no currículo. E outra obra dele que eu já indiquei aqui foi A Górgona (1964).
Clique aqui pra ver mais informações sobre A Noite do Lobisomem:
E clique aí do lado em ‘góticos’ que você acha o post sobre A Górgona.
Até a próxima!
2 comentários:
Praticamente assisti a todos os filmes da Hammer e seus primeiros anos são indispensáveis.
Com certeza!
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