segunda-feira, 14 de maio de 2012

ANTROPOPHAGUS & ANTHROPOPHAGOUS 2000

título original: Antropophagus
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1980
países: Grécia / Itália
elenco principal: George Eastman, Saverio Vallone, Tisa Farrow
direção: Joe D’Amato
roteiro: George Eastman e Joe D’Amato












título original: Anthropophagous 2000
título brasileiro: inexistente (inédito no Brasil)
ano de lançamento: 1999
países: Alemanha / Áustria
elenco principal: Andreas Schnaas, Karl-Heinz Geisendorf, Oliver Sauer
direção: Andreas Schnaas
roteiro: George Eastman, Joe D’Amato e Karl-Heinz Geisendorf 

“Eu não vi esse filme, mas o fulano disse que é horrível!”

“Eu não vi esse filme, mas contaram pra fulana que é apavorante!”

“Eu não vi esse filme, mas o beltrano foi ver e saiu do cinema no meio do filme, de tão horrorizado que ele ficou!”

Com certeza, você já ouviu frases desse tipo descrevendo filmes que você ainda não viu, né? Pois é. A famosa propaganda boca a boca do tipo “O fulano me contou que ele ouviu não sei quem dizer que falaram” acaba denegrindo a imagem de muitas produções (não só filmes, mas também seriados, novelas e tal). E Antropophagus é uma das produções do início dos anos 80 que foram mais vitimadas por esse problema.
As fofocas que envolveram essa co-produção greco-italiana na época em que ela foi lançada transmitiram todo tipo de informação falsa sobre o que é mostrado nela. Mencionavam desde cenas fictícias de violência extrema e ininterrupta em todas as cenas do filme até cenas que mostravam atores sendo mortos de verdade durante as gravações!
Bom, sobre as cenas de violência, antes de tudo, vamos lembrar que Antropophagus é um slasher. Todo slasher tem cenas de violência, né? Mas esse aqui, comparado a outros slashers, até que tem poucas: na 1ª cena tem 2 assassinatos (dos quais só 1 é mostrado de forma explícita), depois os heróis encontram 2 cadáveres de pessoas que foram mortas (em off) e só na 2ª metade do filme é que as coisas mudam, só ficando mais brabo mesmo nas últimas cenas.
Quanto às fofocas de que atores foram mortos de verdade, é óbvio que não teve nada disso. Mas provavelmente elas foram criadas a partir de uma das cenas do final, em que o vilão, depois de matar uma mulher grávida, enfia o braço entre as pernas dela, arranca o feto lá de dentro e estraçalha ele a dentadas.
De fato, a cena foi gravada de forma bem realista, com um coelho congelado coberto com (eu acho) clara de ovo representando o feto. Mas nem seria fisicamente possível fazer isso de verdade, né? Você pode até achar a cena de mau gosto, mas daí a achar que alguém sequer conseguiria fazer isso na prática...
E a cena final também foi acusada de ser um assassinato real: mostra o vilão levando um golpe de picareta no meio da barriga e as vísceras dele escorrendo pra fora pelo buraco que se abriu ali... Mas aí foi literalmente frescura de quem pensou que era verdade, pois essa cena nem é tão realista assim (dá pra ver claramente que as vísceras são feitas de plástico).
Aliás, tirando essas 2 cenas, Antropophagus quase pode passar na Sessão da Tarde.rs
Bom, o filme tem bons momentos de suspense, mas pouca ação. E também deixa várias situações sem explicação. Mas é de longe bem melhor do que o infeliz remake que ele teve 19 anos depois...
Em 1999, o alemão Andreas Schnaas resolveu refilmar Antropophagus, dando ao remake o nome de Anthropophagous 2000. 
Reaproveitando o roteiro deixado pelo George Eastman e pelo Joe D’Amato, ele ambientou a história se passando numa aldeia do interior da Itália (embora tenha filmado as cenas na Áustria) que nem tem praia... Mas como, se tudo só acontece por causa de um evento trágico que ocorreu no Mar?
Nas cenas de assassinato foram usados uns bonecos de plástico e borracha que só assustam pelo quanto são mal feitos.
Mais uma: tudo isso foi filmado em fitas de VHS, usando-se, aparentemente, uma câmera doméstica. Neca de equipamento profissional.
Conclusão: se você gosta de produções de terror feitas no quintal, amadoras em fase extrema, talvez você goste desse remake; se não gosta, esqueça que ele existe e fique só com o original de 1980.
Clique aqui pra ver mais informações sobre os 2 filmes:

http://centrogb.blogspot.com.br/2009/10/o-antropofago-que-so-comeu-si-mesmo.html

Até a próxima!

2 comentários:

Gilberto Carlos disse...

É Léo, da mesma forma que o boca a boca pode ajudar na divulgação de um filme, também pode atrapalhar. É uma questão de sorte ou de azar...

Leo Carioca disse...

Concordo.
É por isso que, pra emitir uma opinião sobre um filme (ou uma produção de qualquer outro tipo), primeiro a pessoa tem que ver o filme com os próprios olhos.
Quando eu menciono uma produção que eu não assisti, mas apenas li o roteiro, eu aviso que ainda não assisti e que tô apenas passando a diante as informações que eu encontrei.